São Paulo, terça-feira, 02 de setembro de 2008

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"Advogado especializado" iniciou suspeita

DA REPORTAGEM LOCAL

As investigações que culminaram com a prisão de nove acusados ontem teve início há nove meses e contou com escutas telefônicas.
Segundo o delegado Alexandre Zakir, um mês antes, a Secretaria da Saúde suspeitou que havia fraudes nos pedidos judiciais de medicamentos não fornecidos pelo SUS. Os primeiros pedidos judiciais datam de 2003.
A pasta analisou a natureza e o fluxo de ações judiciais, de acordo com seus municípios de origem, e os comparando à quantidade de casos com parâmetros da OMS (Organização Mundial da Saúde). Assim, a polícia descobriu que alguns poucos advogados eram os responsáveis pela prescrição da maior parte dos pedidos judiciais.
"O fato de ter advogados especializados, não em uma determinada área de Direito, mas em um determinado medicamento é algo que levanta suspeita", disse.
O passo seguinte da polícia foi ouvir os pacientes, descobrindo que os diagnósticos eram fraudulentos. Com esses dados, a polícia obteve autorizações judiciais para fazer escutas telefônicas e comprovou a fraude.
Os laboratórios Wyeth e Abott já foram investigados pela 3ª Delegacia Seccional (Oeste) por financiar ONGs que praticariam fraude semelhante no segundo semestre de 2007. Os inquéritos foram encerrados neste ano por falta de provas.


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