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ADMINISTRAÇÃO
Projetos de apelo popular estarão sob controle direto do prefeito de São Paulo no próximo ano
Verba do gabinete de Pitta cresce 83%
CHICO DE GOIS
da Reportagem Local
O prefeito Celso Pitta (PTN) vai
concentrar em seu gabinete a
maior parte das verbas destinadas
aos programas sociais de maior
apelo popular. De acordo com o
Orçamento encaminhado anteontem à Câmara, o gabinete de
Pitta terá sua verba aumentada
em 83,5% em comparação à despesa estimada neste ano.
Segundo informações da Secretaria das Finanças, até o final deste
ano o gabinete deverá consumir
R$ 126,7 milhões. Estão incluídos
nessa projeção os orçamentos das
secretarias do Governo, do Trabalho e das Comunicações.
O maior incremento de verbas
no gabinete acontecerá, conforme
afirmou o secretário das Finanças, Deniz Ferreira Ribeiro, por
causa do Programa de Renda Mínima, que deverá consumir R$ 74
milhões, ao contrário dos R$ 70
milhões informados anteriormente pelo secretário.
As frentes de trabalho, programa criado pelo prefeito em 99, terá uma projeção de gastos estimada em R$ 16 milhões. Neste ano,
como não tinha dotação própria,
o projeto precisou ser concretizado com verbas remanejadas de
outras secretarias e programas.
A Secretaria das Comunicações,
que também está vinculada ao gabinete do prefeito, terá à disposição R$ 16 milhões para serem gastos em publicidade. Neste ano,
havia a previsão de R$ 19 milhões.
De acordo com Ribeiro, a previsão é que sejam gastos, até o final
deste ano, R$ 8 milhões. Isso porque a concorrência para a escolha
da nova agência de propaganda
só foi concluída no meio do ano.
Ribeiro afirmou que a intenção
do prefeito é investir na melhoria
de sua imagem. Por isso, esses
projetos de apelo popular, como
as frentes de trabalho e o Programa de Renda Mínima, estarão sob
controle direto de Pitta.
Essa preocupação em dar visibilidade às obras do prefeito também influiu no aumento de 69%
do orçamento da Secretaria da
Habitação. Neste ano, a previsão é
de um gasto de R$ 304,3 milhões.
Para o ano que vem, a verba para a secretaria foi fixada em R$
514,3 milhões. De acordo com Ribeiro, os recursos para o Cingapura ficaram abaixo do esperado
neste ano e, por isso, as obras seguiram em ritmo lento.
A prefeitura espera obter um
empréstimo de R$ 103 milhões
para ser utilizado nesse projeto e
também no Lote Legal, destinado
à regularização de loteamentos
clandestinos.
Um levantamento do gabinete
da vereadora Ana Maria Quadros
(PSDB) demonstra que havia a
previsão orçamentária de R$ 150
milhões para o Cingapura neste
ano. Até o final de agosto, haviam
sido gastos R$ 71,6 milhões, o que
corresponde a 47,75% da verba
que deveria ser utilizada.
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