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SAÚDE MENTAL
Entidade médica orienta sobre psicocirurgia
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os cerca de 120 neurocirurgiões
que integram a Sociedade Brasileira de Estereotaxia e Neurocirurgia Funcional serão orientados
a não realizar psicocirurgias
-operações para tratamento de
transtornos mentais- sem uma
consulta prévia aos CRMs (Conselhos Regionais de Medicina),
como já prevê a resolução 1.408/
94 do CFM (Conselho Federal de
Medicina).
A recomendação partirá do presidente da entidade, Jorge Roberto Pagura, 53, que distribuirá a recomendação junto com um formulário de cadastramento dos filiados da sociedade nos próximos
dias. "Nós vamos mandar esse cadastro e já vamos deixar claro que
as pessoas que estão fazendo, ou
alguns que não conheciam [a resolução] ou achavam que a comissão de ética [dos hospitais] era
suficiente, que realmente parem
de realizar qualquer tipo [de psicocirurgia]", disse Pagura.
Em reportagem no último domingo, a Folha relatou que cirurgias psiquiátricas estão sendo feitas em Goiânia (GO) e no Rio sem
uma comissão avaliadora externa
para cada caso. Pagura disse que
analisou a resolução do CFM e
concluiu que "não tem dúvida, a
norma é clara naquele parágrafo".
A sociedade inclui neurocirurgiões de cinco áreas: dor, espasticidade (anormalidade muscular),
distúrbios do movimento, epilepsia e transtornos mentais.
O presidente da entidade, que
não trabalha com psicocirurgia,
não soube dizer ao certo quantos
dos 120 cirurgiões associados
atuam nessa especialidade, mas
acredita que é a minoria.
O médico disse que ampliará a
discussão sobre "o aspecto jurídico-legal" da cirurgia nos próximos cursos de educação continuada promovidos pela entidade.
Ele afirmou que os cirurgiões citados na reportagem da Folha
"têm o maior conceito nacional e
internacional".
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