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São Paulo, quinta-feira, 02 de outubro de 2003

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X é novo líder dos radicais da facção

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de não ter sido citado nos últimos organogramas do PCC feitos pela polícia, o preso Alexandre Francisco Sandorfy, o X, já é considerado pelo Ministério Público o sucessor de Cesar Augusto Roris da Silva, o Cesinha, que está jurado de morte, na liderança da ala mais radical da facção criminosa.
"Ele ocupou uma espaço deixado pelo Cesinha. X é hoje um dos homens mais perigosos da facção", disse o promotor Roberto Porto, do Gaeco.
X é considerado um "general" na hierarquia da facção. Está abaixo somente da cúpula do PCC- Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Sandro Henrique da Silva Santos, o Gulu-, segundo o Ministério Público.
O promotor Márcio Christino disse que X sempre foi atuante no PCC, mas não entrou no organograma porque não tinha sido flagrado no monitoramento feito por escutas telefônicas.
X estava envolvido, segundo a polícia, no roubo de R$ 1 milhão em jóias da Caixa Econômica Federal de Ribeirão Preto, em 2000. Preso, ele foi resgatado pelo PCC da Penitenciária de Araraquara. Na ação, ele e mais quatro condenados foram trocados por familiares do diretor da penitenciária, que haviam sido sequestrados.
Em abril de 2001, ele foi recapturado em Rio Grande (RS). Um mês depois, uma quadrilha com fuzis e pistolas invadiu o Centro de Detenção de Osasco, na Grande São Paulo, para tentar resgatar X, segundo a polícia. Mas ele já havia sido transferido.
Apesar de ser da ala mais radical, X obedece as ordens de Marcola, considerado de um grupo mais conservador e, segundo o Gaeco, mais resistente à realização de atentados. Promotores não descobriram, por exemplo, se Marcola concordou ou não com o plano de X de explodir a estação do metrô e a torre de energia.


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