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X é novo líder dos radicais da facção
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de não ter sido citado
nos últimos organogramas do
PCC feitos pela polícia, o preso
Alexandre Francisco Sandorfy, o
X, já é considerado pelo Ministério Público o sucessor de Cesar
Augusto Roris da Silva, o Cesinha,
que está jurado de morte, na liderança da ala mais radical da facção criminosa.
"Ele ocupou uma espaço deixado pelo Cesinha. X é hoje um dos
homens mais perigosos da facção", disse o promotor Roberto
Porto, do Gaeco.
X é considerado um "general"
na hierarquia da facção. Está abaixo somente da cúpula do PCC-
Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, Júlio Cesar Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, e Sandro Henrique da Silva
Santos, o Gulu-, segundo o Ministério Público.
O promotor Márcio Christino
disse que X sempre foi atuante no
PCC, mas não entrou no organograma porque não tinha sido flagrado no monitoramento feito
por escutas telefônicas.
X estava envolvido, segundo a
polícia, no roubo de R$ 1 milhão
em jóias da Caixa Econômica Federal de Ribeirão Preto, em 2000.
Preso, ele foi resgatado pelo PCC
da Penitenciária de Araraquara.
Na ação, ele e mais quatro condenados foram trocados por familiares do diretor da penitenciária,
que haviam sido sequestrados.
Em abril de 2001, ele foi recapturado em Rio Grande (RS). Um
mês depois, uma quadrilha com
fuzis e pistolas invadiu o Centro
de Detenção de Osasco, na Grande São Paulo, para tentar resgatar
X, segundo a polícia. Mas ele já
havia sido transferido.
Apesar de ser da ala mais radical, X obedece as ordens de Marcola, considerado de um grupo
mais conservador e, segundo o
Gaeco, mais resistente à realização de atentados. Promotores não
descobriram, por exemplo, se
Marcola concordou ou não com o
plano de X de explodir a estação
do metrô e a torre de energia.
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