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Assessor de secretaria é morto no Morumbi
Antonio Carlos Figueiredo, da Secretaria da Fazenda de SP, foi baleado em seu carro anteontem à noite
DA REPORTAGEM LOCAL
O assessor da Secretaria da
Fazenda do governo José Serra
(PSDB), Antonio Carlos Figueiredo, 63, morreu anteontem à
noite após ser baleado dentro
de seu próprio carro quando
voltava ao condomínio onde
morava no Morumbi, bairro
nobre da zona oeste de SP.
A Polícia Civil trabalha com a
hipótese de Figueiredo ter sido
vítima de uma tentativa de assalto ou que ele tenha sido roubado -apesar de não terem levado dinheiro dele, seu celular
sumiu e não havia sido localizado até a noite de ontem. Nenhum suspeito foi preso.
"Em princípio, crime por
motivação política está descartado. Aparentemente, foi vítima de tentativa de roubo", disse ontem Silvana Françolin, delegada-titular do 89º Distrito
Policial, no Portal do Morumbi,
onde o caso foi registrado.
O DHPP (Departamento de
Homicídio e Proteção à Pessoa)
também investiga quem teria
matado o assessor. Um policial
do departamento afirmou ontem que a dificuldade estava
em achar testemunhas para
identificar possíveis suspeitos.
Policiais militares encontraram o assessor do secretário
Mauro Ricardo Costa (Fazenda) inconsciente, com um tiro
no ombro esquerdo, dentro do
seu Renault Clio cinza, às
20h13. Ele morreu no hospital.
Antes disso, seu carro havia
subido na calçada e batido em
um poste no entroncamento
das avenidas Alberto Augusto
Alves e Giovanni Gronchi -a
menos de 100 m de sua casa.
No dia 26 de junho, um casal
foi morto diante do filho de sete
anos após tentativa de assalto
no mesmo local onde Ferreira
foi achado. A criança estava
sentada no banco de trás do veículo dos pais, um Honda Fit,
suposto alvo dos criminosos.
"Ele [Figueiredo] sempre comentava comigo [sobre] quem
teria matado o casal. E eu dizia
para ele sempre fechar o vidro
do carro", afirmou ontem a técnica em enfermagem Rita dos
Santos, 47, namorada da vítima
havia oito anos. "Infelizmente,
o policiamento lá é ruim."
As próprias polícias Civil e
Militar admitem que a região
tem alto índice de assaltos a
veículos em semáforos, mas
não concordam que o policiamento seja ineficiente no local.
"Após a morte do casal, reforçamos o patrulhamento. São 15
policiais por turno de 12 horas
só na Giovanni Gronchi", disse
o tenente-coronel Paulo Garcia, comandante da PM da área.
Antes de morrer, Figueiredo
tinha ido visitar a filha, que mora com a sua ex-mulher na Chácara Santo Antônio, a dez minutos de carro de sua casa.
A polícia não sabe dizer se ele
foi baleado no trajeto para o seu
condomínio ou no local em que
foi encontrado o carro. PMs
acreditam que a vítima foi atingida antes de entrar na avenida
Alberto Augusto Alves e em seguida guiou o carro na direção
do condomínio.
(KLEBER TOMAZ)
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