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Devido à greve, Ribeirão Preto tem 1.500 na fila para tirar carteira de motorista
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A greve dos policiais civis,
que completou 16 dias ontem,
tem atrapalhado a vida de trabalhadores que estão com documentos parados na Ciretran
(Circunscrição Regional de
Trânsito) de Ribeirão Preto.
Cerca de 4.000 documentos
(entre eles CNHs, certificados
de registro e licenciamentos)
estão acumulados na Ciretran.
Além disso, a fila dos que aguardam para tirar habilitação já
tem 1.500 nomes.
Roger Miller é um dos prejudicados pela greve. Ele completou 18 anos em junho e foi tirar
a CNH (Carteira Nacional de
Habilitação) para tentar uma
melhor colocação na empresa
em que trabalha. "Pretendo fazer um curso de operador de
máquinas. Mas preciso da carteira de motorista e, até agora,
não consegui dar entrada", disse. Ontem, ele esteve pela terceira vez na Ciretran para tentar dar entrada na papelada.
"Disseram que não estão fazendo e nem tem data para terminar a greve. Para começar o
curso de operador em janeiro,
acho que já não dá mais tempo.
O jeito é esperar o segundo semestre do ano que vem", disse.
A vendedora Lidiane Caetano, 24, espera a documentação
da motocicleta nova desde o
início de setembro. "Preciso
dela [moto] para tudo, principalmente para o trabalho. Eu
uso para visitar clientes, ando o
dia todo", disse.
O pedreiro José Denilson
Rodrigues Vieira, 25, também
comprou uma moto, mas deixa
o veículo na garagem enquanto
não sai o documento de transferência. "Dei entrada uma semana antes da greve. Paguei todas as taxas. É um absurdo ter
que esperar todo esse tempo",
disse. Ele mora em Ribeirão
Preto e trabalha em Serrana, cidade vizinha que fica a 23 km
de distância. "Peguei moto emprestada, porque de ônibus não
tem como ir."
Durante a greve, só três serviços estão sendo feitos na Ciretran de Ribeirão: renovação
de habilitações vencidas e de licenciamento de veículos e liberação de veículos apreendidos.
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