MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

LEONARDO SOUZA ENVIADO ESPECIAL A CUIABÁ

O delegado da Polícia Federal Renato Sayão, responsável pelas investigações sobre o acidente entre o jato Legacy e o vôo 1907 da Gol, disse ontem que as apurações estão emperradas porque a polícia não consegue ter acesso à degravação da caixa-preta que está com a Aeronáutica e que registrou a conversa entre os pilotos.
Segundo o delegado, outros dois fatores atrasam as investigações. Ele não conseguiu ouvir o depoimento dos controladores de vôo de Brasília e o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ainda não decidiu se as responsabilidades pelas investigações são da Justiça Federal ou da Estadual.
A Aeronáutica usa legislação internacional para alegar que o material da caixa-preta será entregue só após apuração própria.
A PF pedirá a prorrogação por mais 60 ou 90 dias para concluir o inquérito.
"As gravações [dos controladores] ainda não levam à conclusão nenhuma. Preciso de outro dado fundamental, que é a comunicação dos pilotos com o centro de controle e as gravações de dentro da cabine", afirma Sayão.


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