São Paulo, domingo, 02 de novembro de 2008

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PM diz que blitze da lei seca melhoraram

Agora, policiais circulam em perímetros pré-definidos e só abordam motoristas que estejam dirigindo "de modo suspeito'

PM diz que espera ampliar a fiscalização na cidade até o fim do ano, com a chegada de 102 bafômetros, o dobro do que tem atualmente

DA REPORTAGEM LOCAL

Embora reconheça a queda nos números da fiscalização da lei seca, a Polícia Militar afirma que houve um "ganho qualitativo" nas operações com a adoção da fiscalização por meio de patrulhamento rotativo em substituição de parte das blitze em pontos fixos da cidade.
"Pode ter havido uma pequena queda, mas o que importa é que os resultados estão sendo atingidos", diz o major Ricardo Barros, comandante do batalhão de trânsito da capital, em referência à redução de 10% das mortes no trânsito, divulgada anteontem pela Secretaria da Segurança Pública.
Na nova metodologia, parte da equipe da operação Direção Segura circula em perímetros pré-definidos e só aborda motoristas que estejam dirigindo "de modo suspeito" -o que, diz a PM, otimiza a fiscalização.
"O que houve foi uma mudança de layout. Passamos a fazer a operação móvel, porque alguns pontos já estavam conhecidos dos motoristas", afirma Barros. "A idéia é surpreender. A fiscalização não abrandou nada", diz.
Barros afirma que alguns pontos privilegiados nos primeiros meses da lei -a Vila Madalena, por exemplo- foram alterados. As operações foram deslocadas para as zonas leste e norte. "A fiscalização não é seletiva, ela é sistemática. Não é porque há mais bares em regiões como a Vila Madalena que faremos mais blitze lá."
Segundo Barros, a PM espera ampliar a fiscalização até o fim do ano com a chegada de 102 novos bafômetros -o dobro do que a corporação tem atualmente. Os primeiros, já comprados, devem chegar em meados de novembro. Serão 470 em todo o Estado.
Atualmente, todos os 51 bafômetros da cidade ficam com o batalhão de trânsito. Desde 19 de junho, quando a lei começou a valer, cresceu o número de solicitações dos aparelhos e isso sobrecarregou o batalhão.
Barros também atribuiu parte da diminuição dos resultados ao mau tempo nos fins de semana de outubro, mês que abre a temporada chuvosa. "Foi um mês atípico", disse.
As chuvas, porém, não devem dar trégua tão cedo. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), elas são normais em outubro -mês que abre a temporada de chuvas da primavera, que deve se estender até o verão. (RS)


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