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PM diz que blitze da lei seca melhoraram
Agora, policiais circulam em perímetros pré-definidos e só abordam motoristas que estejam dirigindo "de modo suspeito'
PM diz que espera ampliar a fiscalização na cidade até o fim do ano, com a chegada de 102 bafômetros, o dobro do que tem atualmente
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora reconheça a queda
nos números da fiscalização da
lei seca, a Polícia Militar afirma
que houve um "ganho qualitativo" nas operações com a adoção da fiscalização por meio de
patrulhamento rotativo em
substituição de parte das blitze
em pontos fixos da cidade.
"Pode ter havido uma pequena queda, mas o que importa é
que os resultados estão sendo
atingidos", diz o major Ricardo
Barros, comandante do batalhão de trânsito da capital, em
referência à redução de 10%
das mortes no trânsito, divulgada anteontem pela Secretaria
da Segurança Pública.
Na nova metodologia, parte
da equipe da operação Direção
Segura circula em perímetros
pré-definidos e só aborda motoristas que estejam dirigindo
"de modo suspeito" -o que, diz
a PM, otimiza a fiscalização.
"O que houve foi uma mudança de layout. Passamos a fazer a operação móvel, porque
alguns pontos já estavam conhecidos dos motoristas", afirma Barros. "A idéia é surpreender. A fiscalização não abrandou nada", diz.
Barros afirma que alguns
pontos privilegiados nos primeiros meses da lei -a Vila
Madalena, por exemplo- foram alterados. As operações foram deslocadas para as zonas
leste e norte. "A fiscalização
não é seletiva, ela é sistemática.
Não é porque há mais bares em
regiões como a Vila Madalena
que faremos mais blitze lá."
Segundo Barros, a PM espera
ampliar a fiscalização até o fim
do ano com a chegada de 102
novos bafômetros -o dobro do
que a corporação tem atualmente. Os primeiros, já comprados, devem chegar em meados de novembro. Serão 470
em todo o Estado.
Atualmente, todos os 51 bafômetros da cidade ficam com o
batalhão de trânsito. Desde 19
de junho, quando a lei começou
a valer, cresceu o número de solicitações dos aparelhos e isso
sobrecarregou o batalhão.
Barros também atribuiu parte da diminuição dos resultados ao mau tempo nos fins de
semana de outubro, mês que
abre a temporada chuvosa. "Foi
um mês atípico", disse.
As chuvas, porém, não devem
dar trégua tão cedo. Segundo o
Inmet (Instituto Nacional de
Meteorologia), elas são normais em outubro -mês que
abre a temporada de chuvas da
primavera, que deve se estender até o verão.
(RS)
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