DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Quando desembarcaram em Itapoã (DF) as primeiras ações sociais do PAC da Segurança, a administração local decidiu instituir um símbolo daquele "momento de mudança". Instalou no local conhecido como rua da Morte uma placa com os dizeres "rua da Paz".
Na semana passada, a placa foi arrancada por criminosos que agem na região, segundo moradores. Acabou guardada em casa por um comerciante.
A história da placa é um resumo do primeiro ano do programa Território de Paz em Itapoã. A cidade nasceu e cresceu à base de invasões, como quase todos os municípios e regiões administrativas da violenta periferia de Brasília. Em dez anos, transformou-se numa cidade de 100 mil habitantes. Os índices de violência acompanharam o crescimento.
O lugar ficou conhecido por uma medida drástica de seus comerciantes, que gradearam de botequins a drogarias contra assaltos.
As grades continuam lá. Os altos índices de violência também. De janeiro a setembro (período pós-PAC da Segurança), em comparação com o mesmo período de 2008, os assaltos caíram de 1.003 para 906, mas os homicídios subiram de 16 para 22.
De mais positivo, o governo comemora a adesão de 800 jovens às oficinas de dança, música e informática, entre outras. Eles ganham bolsa de R$ 100.


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