|
Texto Anterior | Índice
VOO 3054
Relatório da Aeronáutica não acha responsáveis por acidente
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Aeronáutica concluiu
que não é possível atestar se
houve falha humana ou mecânica no acidente com o
Airbus da TAM, que matou
199 pessoas em 2007.
Após dois anos de apuração, restaram duas hipóteses: 1) o piloto esqueceu ou
colocou um dos manetes na
posição errada; 2) houve erro
no sistema de controle de potência dos motores.
A caixa preta do Airbus
que fazia o voo 3054 da TAM
mostrou que um dos manetes estava em posição de aceleração no momento do acidente, quando o correto seria
estar em ponto morto.
O relatório final de investigação do Cenipa foi apresentado anteontem, em Brasília.
O acidente foi considerado o
maior da história do setor aéreo brasileiro.
Como fatores que contribuíram para o acidente, o Cenipa apontou o treinamento
insuficiente do copiloto e a
falta de um mecanismo de
alarme da aeronave, que
mostrasse que um dos manetes não estava na posição
correta.
Em relação à regulação, o
Cenipa também relatou a ausência de norma para proibir
que aeronaves pousassem
em Congonhas sem todos os
reversos funcionando em caso de pista molhada, como
ocorreu no dia do desastre
com o avião da TAM. Essa regra só passou a vigorar no
ano passado.
O relatório traz ainda 83
recomendações a órgãos de
fiscalização, companhias aéreas e fabricantes.
O resultado da investigação será enviado ao Ministério Público Federal. A TAM
informou que não iria se pronunciar sobre o relatório.
O objetivo da investigação
da Aeronáutica não é indicar
responsáveis. A Polícia Federal não apontou responsáveis pelo acidente em seu inquérito. A apuração da Polícia Civil indicou como responsáveis 11 pessoas, entre
dirigentes de TAM, Infraero
e Anac (Agência Nacional de
Aviação Civil).
O clima durante a apresentação do relatório para imprensa foi tenso. Parte dos 78
familiares que foram a Brasília para conhecer os resultados da investigação da Aeronáutica estava no auditório e
se exaltou, principalmente
nas questões sobre a possível
falha do piloto e copiloto.
Texto Anterior: Opinião: Luto é um processo, não um evento Índice
|