São Paulo, quarta-feira, 02 de dezembro de 2009

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Grupo que atende crianças com câncer busca doações para hospital

Graacc pretende ampliar sua unidade, na zona sul de SP, ao custo de R$ 20 mi

DA REPORTAGEM LOCAL

O Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) busca doações de empresários para ampliar seu hospital, na Vila Clementino (zona sul de São Paulo).
As obras começam no ano que vem e devem terminar em 2012, com gastos estimados em R$ 20 milhões. O novo prédio será erguido num terreno vizinho, doado pela Prefeitura de São Paulo.
O Graacc pede que as doações para a primeira fase da ampliação, orçada em R$ 4 milhões, sejam feitas por meio do Fumcad (Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), que é gerido pela prefeitura.
Trata-se de um mecanismo de renúncia fiscal. O dinheiro doado pelo Fumcad até o dia 31 de dezembro, tanto por pessoas físicas como por empresas, poderá ser descontado do Imposto de Renda devido em 2010.
A doação é feita por meio do site fumcad.prefeitura.sp. gov.br. É preciso escolher o Graacc dentre as várias entidades que também se beneficiam do Fumcad. A prefeitura fiscaliza o uso do dinheiro.

Quimioterapia e fantasia
O Graacc é uma entidade sem fins lucrativos que trata crianças e adolescentes de todo o Brasil. Dos cerca de 300 novos pacientes de câncer recebidos por ano, 95% são atendidos gratuitamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Com a ampliação física, o hospital espera aumentar os atendimentos em 20%.
Os principais tipos de câncer tratados pelo Graacc são o cerebral, o ósseo, o ocular e a leucemia. Cerca de 70% dos pacientes são curados.
O Brasil tem 9.000 casos novos de câncer infantil a cada ano, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer).
Ao contrário do que se vê nos hospitais oncológicos em geral, o do Graacc é decorado especialmente para as crianças, incluindo os quartos onde elas se recuperam das cirurgias.
Isso é particularmente importante na sala de quimioterapia, onde os pequenos pacientes podem passar longas oito horas numa cadeira recebendo medicamento pela veia.
A sala de quimioterapia do Graacc é colorida e conta com uma brinquedoteca. Graças aos brinquedos e aos livros, as crianças podem brincar e ouvir histórias contadas por voluntárias enquanto enfrentam o tratamento.
"Tivemos uma pequenininha que sempre se vestia de Branca de Neve. Ela dizia que estava sem o cabelo [efeito colateral da quimioterapia] porque assim a bruxa não a reconheceria", lembra a enfermeira Adriana Duarte. "Com este ambiente, trazemos um pouco de "normalidade" à vida dessas crianças." (RICARDO WESTIN)


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