|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Grupo que atende crianças com câncer busca doações para hospital
Graacc pretende ampliar sua unidade, na zona sul de SP, ao custo de R$ 20 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
O Graacc (Grupo de Apoio ao
Adolescente e à Criança com
Câncer) busca doações de empresários para ampliar seu hospital, na Vila Clementino (zona
sul de São Paulo).
As obras começam no ano
que vem e devem terminar em
2012, com gastos estimados em
R$ 20 milhões. O novo prédio
será erguido num terreno vizinho, doado pela Prefeitura de
São Paulo.
O Graacc pede que as doações para a primeira fase da
ampliação, orçada em R$ 4 milhões, sejam feitas por meio do
Fumcad (Fundo Municipal dos
Direitos da Criança e do Adolescente), que é gerido pela prefeitura.
Trata-se de um mecanismo
de renúncia fiscal. O dinheiro
doado pelo Fumcad até o dia 31
de dezembro, tanto por pessoas
físicas como por empresas, poderá ser descontado do Imposto de Renda devido em 2010.
A doação é feita por meio do
site fumcad.prefeitura.sp.
gov.br. É preciso escolher o
Graacc dentre as várias entidades que também se beneficiam
do Fumcad. A prefeitura fiscaliza o uso do dinheiro.
Quimioterapia e fantasia
O Graacc é uma entidade sem
fins lucrativos que trata crianças e adolescentes de todo o
Brasil. Dos cerca de 300 novos
pacientes de câncer recebidos
por ano, 95% são atendidos gratuitamente, pelo SUS (Sistema
Único de Saúde).
Com a ampliação física, o
hospital espera aumentar os
atendimentos em 20%.
Os principais tipos de câncer
tratados pelo Graacc são o cerebral, o ósseo, o ocular e a leucemia. Cerca de 70% dos pacientes são curados.
O Brasil tem 9.000 casos novos de câncer infantil a cada
ano, segundo o Inca (Instituto
Nacional de Câncer).
Ao contrário do que se vê nos
hospitais oncológicos em geral,
o do Graacc é decorado especialmente para as crianças, incluindo os quartos onde elas se
recuperam das cirurgias.
Isso é particularmente importante na sala de quimioterapia, onde os pequenos pacientes podem passar longas oito
horas numa cadeira recebendo
medicamento pela veia.
A sala de quimioterapia do
Graacc é colorida e conta com
uma brinquedoteca. Graças aos
brinquedos e aos livros, as
crianças podem brincar e ouvir
histórias contadas por voluntárias enquanto enfrentam o tratamento.
"Tivemos uma pequenininha
que sempre se vestia de Branca
de Neve. Ela dizia que estava
sem o cabelo [efeito colateral
da quimioterapia] porque assim a bruxa não a reconheceria", lembra a enfermeira
Adriana Duarte. "Com este ambiente, trazemos um pouco de
"normalidade" à vida dessas
crianças."
(RICARDO WESTIN)
Texto Anterior: E eu com isso? Próximo Texto: Governo de SP ameaça fechar escola "top" do ensino médio Índice
|