DO "AGORA"

"Eles [os PMs] bateram", dizia tímido o menino de sete anos, morador de uma das casas invadidas na operação da Polícia Militar. Mas bateram como? "Com a mão", respondeu ontem, mostrando para a reportagem a boca, com um hematoma, e a camiseta azul com respingos de sangue.
Ele diz que os ferimentos ainda estão doloridos.
Ao lado dele, a mãe de um dos presos -uma dona-de-casa de 52 anos- acrescentou que os policiais militares também pisaram na cabeça do menino.
De acordo com ela, nos adultos, a surra foi com pedaços de madeira.
"Quebraram todos os pratos da casa e me bateram com um pedaço de pau", afirmou, mostrando os braços e as pernas.
Segundo a dona-de-casa, seu filho teria se recusado a deixar que os policiais entrassem em sua casa. "Aí começaram a espancá-lo. Agora, ele está no hospital", disse.
O delegado do caso, Antonio Goes Filho, afirma que a ação dos PMs foi marcada por "vícios", como a invasão das casas sem os mandados judiciais. Segundo ele, também será investigado o que o policial militar agredido fazia no local. (AR)


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