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VIOLÊNCIA
Região metropolitana registrou 89 casos com 308 mortes
Número de chacinas aumenta
90% em SP e bate recorde em 98
SÍLVIA CORRÊA
da Reportagem Local
O número de chacinas aumentou 90% em 98 em relação ao ano
de 97. Foram 89 casos, com 308
mortos, contra 47 casos e 162 mortes ocorridos no ano retrasado.
Os índices de 98 são os maiores
já registrados desde que o Departamento de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP) passou a fazer o
acompanhamento estatístico desses crimes, em 94 (veja quadro).
A capital concentra 60% das execuções -53, contra 36 ocorridos
nos municípios da Grande SP. Entre as regiões da cidade, a zona sul
lidera em número de casos -26, o
que corresponde a 49% do total.
A última chacina do ano passado
aconteceu à 1h do dia 30 de dezembro. Três jovens entre 14 e 20 anos
foram assassinados no Jabaquara
(zona sudoeste de SP).
Drogas
A polícia atribui o crime do Jabaquara a uma briga entre gangues
pelo comando do tráfico de drogas
nas favelas Vietnã e Souza Dantas.
Segundo as estatísticas, disputas
desse tipo foram as principais causas de chacinas em 98, respondendo por 38,2% dos casos.
"Está havendo uma verdadeira
guerra entre microtraficantes da
periferia. Isso está fazendo os números subirem", diz o delegado
Jurandir Corrêa de Sant'Anna, diretor da Divisão de Homicídios.
Para diminuir os índices, a Secretaria da Segurança Pública organizou uma brigada de combate
ao tráfico reunindo o DHPP, o Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) e a tropa de
choque da Polícia Militar. A missão do grupo é efetuar operações
integradas de caça aos traficantes.
No começo deste ano, segundo o
DHPP, essas operações devem ser
a principal arma da polícia contra
a criminalidade na periferia.
A região do 47º DP (Capão Redondo) e as favelas do Ceasa e do
Jaguaré, que já foram rastreadas
no mês passado, devem ser alvo de
novas ações integradas.
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