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Reduzir mortes requer prevenção e repressão, diz professor da FGV
DA FOLHA RIBEIRÃO
Não há fatores que, isolados,
possam colaborar para a variação de casos de homicídios, seja
no aumento de registros ou na
eliminação do problema. Essa é
a avaliação do advogado Theo
Dias, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo ele, uma coisa é certa: o tamanho da cidade não explica a variação dos índices de
homicídios. Ou seja, não é porque um município é pequeno
que, necessariamente, terá índices perto de zero, se não houver políticas eficazes.
Tanto que, afirma Dias, o
maior êxito na redução de homicídios ao longo dos últimos
anos envolve a Região Metropolitana de SP, o maior aglomerado urbano do país.
De acordo com Dias, as cidades que conseguiram reduzir
drasticamente os índices de homicídios ou mesmo zerar os registros, como Bebedouro e Matão, na região de Ribeirão Preto, quase sempre só conseguem
atingir esse objetivo após pôr
em prática políticas claras de
combate à criminalidade.
"As histórias de sucesso nas
políticas de redução dos homicídios ocorreram em cidades
que souberam formar estratégias bastante abrangentes nos
campos preventivos e repressivos. Não é possível reduzir homicídios com uma única ação."
Segundo o especialista em
segurança pública, além das
ações preventivas e de repressão, as autoridades precisam
ter a capacidade de integrar as
polícias. "E de integrar também
as organizações da sociedade
civil", afirmou.
(LEANDRO MARTINS)
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