São Paulo, quarta-feira, 03 de fevereiro de 2010

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Reduzir mortes requer prevenção e repressão, diz professor da FGV

DA FOLHA RIBEIRÃO

Não há fatores que, isolados, possam colaborar para a variação de casos de homicídios, seja no aumento de registros ou na eliminação do problema. Essa é a avaliação do advogado Theo Dias, professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) e membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Segundo ele, uma coisa é certa: o tamanho da cidade não explica a variação dos índices de homicídios. Ou seja, não é porque um município é pequeno que, necessariamente, terá índices perto de zero, se não houver políticas eficazes.
Tanto que, afirma Dias, o maior êxito na redução de homicídios ao longo dos últimos anos envolve a Região Metropolitana de SP, o maior aglomerado urbano do país.
De acordo com Dias, as cidades que conseguiram reduzir drasticamente os índices de homicídios ou mesmo zerar os registros, como Bebedouro e Matão, na região de Ribeirão Preto, quase sempre só conseguem atingir esse objetivo após pôr em prática políticas claras de combate à criminalidade.
"As histórias de sucesso nas políticas de redução dos homicídios ocorreram em cidades que souberam formar estratégias bastante abrangentes nos campos preventivos e repressivos. Não é possível reduzir homicídios com uma única ação."
Segundo o especialista em segurança pública, além das ações preventivas e de repressão, as autoridades precisam ter a capacidade de integrar as polícias. "E de integrar também as organizações da sociedade civil", afirmou. (LEANDRO MARTINS)


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