Cidades como Salvador e Porto Seguro registraram casos da doença em 2009; aglomeração favorece contágio

MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Turistas que planejam viajar à Bahia durante o Carnaval devem se vacinar contra a meningite meningocócica, orientam especialistas em saúde ouvidos pela Folha. O Estado espera 500 mil visitantes no feriado.
Os foliões devem se apressar em buscar a imunização, porque a vacina, que custa até R$ 170 em clínicas particulares, começa a fazer efeito entre dez e 14 dias após a aplicação.
Em 2009, Salvador registrou 26 mortes causadas pelo meningococo tipo C (forma mais grave da doença), um aumento de 53% em relação a 2008 (17 mortes). Em Porto Seguro (litoral sul do Estado), um surto da doença matou seis pessoas.
"O Carnaval é cenário de risco porque o estresse da aglomeração e o sol escaldante são fatores de imunodepressão", afirma Adriano Silva de Oliveira, presidente da Sociedade Baiana de Infectologia.
A meningite é uma doença aguda, caracterizada por febre, dor de cabeça, vômitos, sonolência e rigidez da nuca. No Estado de SP, a letalidade chega a 20% dos casos.
Para o Carnaval, a Prefeitura de Salvador vai montar um posto só para pacientes com suspeita de meningite, dengue e gripe A (H1N1). A folia na capital baiana leva mais de 2 milhões às ruas.
Coordenador estadual da Vigilância e Emergência em Saúde Pública, Juarez Dias, diz que a vacinação deve ser recomendada também a foliões de outras cidades, como Rio e Recife. A Bahia é o quarto Estado em número de casos da doença.


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