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Calouro tem roupa rasgada e é obrigado a beber em trote
Confuso, aluno diz que pode ter ingerido combustível
DA AGÊNCIA FOLHA
DO "AGORA"
Um calouro do curso de veterinária da Unicastelo (Universidade Camilo Castelo Branco),
em Fernandópolis (555 km de
SP), foi vítima de violência durante o trote anteontem. O estudante de 18 anos, que não
quis se identificar, teve as roupas rasgadas e foi obrigado a ingerir bebida alcoólica.
Durante o atendimento no
pronto-socorro local, a vítima
declarou ter ingerido álcool
combustível. No entanto, segundo seu advogado, Alexandre Colombo, e o delegado responsável pelo caso, Gerson Piva, o estudante estava confuso.
Eles disseram que o líquido
estava em garrafas pet e que a
vítima não soube identificar se
era álcool combustível ou cachaça. "Ele estava muito alcoolizado e não tinha certeza da
afirmação", disse o advogado.
A universidade abriu sindicância interna com prazo de 15
dias para apurar o incidente. De
acordo com o reitor, Gilberto
Luiz Moraes Selbe, será oferecido apoio psicológico ao aluno
e, se comprovada a acusação,
poderá haver expulsão.
O Ministério Público Federal
em Jales -cidade da família da
vítima- abriu investigação para apurar a responsabilidade da
Unicastelo no caso e disse que a
instituição pode ser responsabilizada mesmo que o trote tenha ocorrido fora do campus.
O advogado do estudante disse que ele deve permanecer na
Unicastelo, pois não há outra
escola que ofereça o curso na
região. O aluno teve ainda o
rosto pintado com veneno de
carrapato, o que provocou coceira e queimaduras na mão e
na face. A mãe disse que recebeu o telefone de uma menina
pedindo que fosse buscar o filho. "Chorando, ele me disse
que fumou um maço de cigarro
e ele nunca havia fumado."
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