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Empresa afirma nunca ter espionado autores de ações judiciais de indenização
DA REPORTAGEM LOCAL
A Souza Cruz diz que nunca
seguiu a recomendação do escritório de advocacia americano de contratar detetives para
espionar ativistas antifumo.
O diretor jurídico da empresa, Antonio Rezende, afirma
que investigação no Brasil é
atribuição exclusiva do poder
público, diferentemente do que
ocorre nos Estados Unidos, "o
que provavelmente explicaria a
razão da carta".
Em comunicado enviado à
Folha, o diretor jurídico afirma
que: "Cabe esclarecer que a empresa não fez, não faz e não poderia praticar atos privativos de
autoridades. Por isso, a Souza
Cruz, empresa fundada há 104
anos no Brasil, possui advogados brasileiros que conhecem a
lei brasileira e tratam dos assuntos da empresa no Brasil. A
empresa tem governança corporativa própria, é a única empresa do setor de tabaco na
América Latina com ações negociadas em Bolsa de Valores
desde a criação do mercado de
valores mobiliários no país e
não poderia dar atenção a sugestões de advogados estrangeiros sem conhecimento do
contexto local".
A Folha procurou, por meio
da assessoria da Souza Cruz, o
advogado Marcio Fernandes,
que era diretor jurídico da empresa à época. Fernandes está
de férias, segundo a assessoria.
Hoje ele é vice-presidente da
BAT em Londres.
O advogado Luís Roberto
Barroso, que defendia a Souza
Cruz em 1997 e para quem foram enviadas cópias dos documentos, diz não se lembrar do
caso. Segundo ele, seu escritório não se envolveria em eventuais irregularidades.
A Folha procurou o advogado David L. Wallace em Nova
York, mas não obteve retorno.
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