São Paulo, quarta-feira, 03 de março de 2010

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Justiça do Rio concede indenização a vítimas de escárnio de empresas

DA SUCURSAL DO RIO

Imagine ser atendida na lanchonete, sob risinhos, e, ao pegar a nota fiscal, ler a mensagem "lourinha peituda". Ou, depois de discutir com o atendente da farmácia, receber carta e cartão da rede com os dizeres: "você é um gay". Ou receber como remetente da fatura de celular "Catarina quer chorar, ela tem um gatinho", ao reclamar na TIM.
Os três casos no Rio viraram processo e indenização para as vítimas de escárnio.
A cliente que reclamou da conta da TIM deve receber indenização de R$ 12 mil. A pilhéria foi fruto de outra discussão com o atendente da empresa, em que ela chorou e disse que em sua casa só moravam ela e um gato e, portanto, não poderia gastar tanto com telefone.
A Tim informou que vai cumprir a decisão judicial.
Já Andréia Rodrigues de Souza, 37, ao receber a nota do lanche que comprou na loja Bibi Sucos, do Norte Shopping, viu o recado: "Lourinha peituda". Fiquei indignada. O pior é que quem escreveu foi o dono."
Andréia recebeu indenização de R$ 1.500 e quer recorrer para aumentar o valor.
Ontem, um homem que se identificou como sócio da Bibi Sucos no Norte Shopping afirmou desconhecer o caso.
Um cliente da Drogasil recebeu uma carta chamando-o de gay e ganhou R$ 7.000. A empresa está em período de silêncio porque divulgou o balanço recentemente.
(RAPHAEL GOMIDE)


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