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ALTA-TENSÃO
Diretor da Eletropaulo afirma que altura das torres vai aumentar, mas carga de energia não será alterada
Exigência de morador é "ficção", diz empresa
DA REPORTAGEM LOCAL
O diretor-executivo da Eletropaulo, José Maria Meireles, afirma
que os moradores de City Boaçava e Alto de Pinheiros se equivocaram quanto à intenção da concessionária de aumentar a carga
de energia transportada pela rede
de fios que corta os bairros.
"Isso não é verdade. Estamos,
somente, aumentando a altura
das torres, mas a carga de energia
permanecerá a mesma", disse ele.
De acordo com o diretor, o nível
de radiação exigido pelos moradores, indicado pelo estudo do
IEE/USP, "é uma ficção".
"Nós também fizemos nossos
testes e, se considerarmos a radiação pretendida por eles (de 2 a 5
milliGauss), voltaremos à idade
da pedra. Até assistir à TV e ligar a
batedeira não será possível."
O posicionamento da Eletropaulo, de acordo com o diretor-executivo, é que "não há estudos
conclusivos que confirmem existir risco à saúde quando há exposição à radiação dos campos eletromagnéticos".
"O que há é um risco em tese. E
a vida moderna já nos impõe uma
série de outros riscos, nem por isso vamos eliminar o seu conforto", afirma Meireles.
"O que eles (os moradores) estão querendo não existe aqui nem
em nenhum país do mundo", disse o diretor da Eletropaulo.
Para Meireles, o que os moradores dos bairros Alto de Pinheiros e
City Boaçava querem, na verdade,
é que a Eletropaulo retire as subestações e a rede do bairro porque as estruturas estariam deixando feia a paisagem, "formada
por belas mansões".
"Sem dúvida, são pessoas de alto poder aquisitivo", afirma.
Porém, de acordo com ele, as
subestações e a rede da concessionária na região são "absolutamente necessárias".
"Ninguém quis colocar lá porque os bairros são bonitinhos. O
entorno do Morumbi cresceu
muito, ganhou hospitais e o consumo subiu muito. Se não reforçássemos a estrutura, correríamos o risco de sofrer um colapso
no futuro", afirma o diretor-executivo da concessionária.
A Eletropaulo tem rede aérea de
alta-tensão passando por 24 cidades da Grande São Paulo.
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