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A engenheira Maria Amélia Crosara Soued, 39, mulher do consultor financeiro libanês naturalizado norte-americano Charles Anthony Soued, 43, foi assassinada na manhã de ontem no quarto de sua casa, no condomínio de alto padrão Quinta do Bosque, em Franca (400 km de SP).
Segundo a polícia, o assassino deu um tiro no olho da engenheira e depois roubou US$ 5.000 (US$ 3.000 em dinheiro e o restante em cheques de viagem).
A polícia trabalha com a hipótese de latrocínio, mas não descarta outros motivos, como vingança.
O consultor contou que o crime ocorreu por volta das 7h10, quando o ladrão, encapuzado e armado, o rendeu nos fundos da casa, quando ele se preparava para levar suas duas filhas à escola.
Em seguida, o assaltante rendeu Maria Amélia e levou toda a família para o andar de cima, onde amarrou e amordaçou o consultor e as crianças dentro do closet.
Pelo depoimento de Soued, o ladrão matou sua mulher, perguntou sobre os dólares, o obrigou a entregar o dinheiro e fugiu. Ele afirmou que a mulher não reagiu, mas reconheceu o assaltante, o chamou pelo nome ao ser rendida e teria morrido por causa disso.
Após a fuga do ladrão, Soued disse que se soltou e desamarrou as filhas, que passaram mal após verem a mãe morta e tiveram que receber atendimento médico.
A guarita do vigia, disse o delegado, fica na entrada do condomínio, mas ele entrou em férias anteontem à noite e, até ontem, não tinha sido substituído. O condomínio fica a dois quilômetros da cidade e é administrado por uma associação de moradores.
Soued se mudou para o Brasil em 1998. Mora em Franca há dois anos. Como consultor financeiro, trabalhou em São Paulo e, segundo um amigo que não quis se identificar, mudou-se para o interior em busca de tranqüilidade.


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