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EDUCAÇÃO
Novo reitor tomou posse com problemas no caixa financeiro; universidade vai reduzir gastos e demitir funcionários
Unesp vira página com débitos de R$ 5,5 mi
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
O reitor da Unesp (Universidade Estadual Paulista), Marcos Macari, tomou posse com o caixa negativo em R$ 5,5 milhões, de acordo com a análise que consta na
proposta orçamentária apresentada e aprovada pelo Conselho
Universitário da instituição.
O valor refere-se à diferença entre os recursos disponíveis sem
vinculação (R$ 2,9 milhões) e as
pendências (R$ 8,4 milhões) em
14 de janeiro, um dia antes de Macari receber o cargo de José Carlos
Souza Trindade.
Trindade afirmou que não houve problemas em suas contas, já
que as pendências citadas são de
responsabilidade da atual gestão.
A proposta orçamentária foi feita pelo atual vice-reitor Herman
Voorwald, que também é responsável pela área de planejamento e
orçamento da instituição. O Conselho Universitário aprovou o documento em fevereiro deste ano.
As pendências são com o Instituto de Previdência do Estado de
São Paulo e com a Fundação para
o Desenvolvimento da Unesp.
Além disso, o texto aponta déficit orçamentário de R$ 21 milhões, referente ao pagamento da
segunda parcela do 13º salário
-valor que teve de ser "reservado" no orçamento deste ano. A
reitoria da Unesp disse, por meio
de sua assessoria, que os R$ 21 milhões foram gastos sem correspondência orçamentária e, por isso, o ex-reitor Trindade teve de
assinar termo de compromisso.
A reitoria diz também que, apesar dos problemas financeiros, irá
honrar todos seus compromissos,
utilizando sua própria dotação
orçamentária. Segundo a instituição, houve entendimentos com o
Ipesp e com a Fundunesp para o
pagamento dos R$ 5,5 milhões.
O Conselho Universitário da
instituição aprovou um aperto financeiro, elaborado pela atual direção da Unesp. Segundo a proposta apresentada ao conselho,
poderia haver um déficit orçamentário de R$ 68 milhões neste
ano se fossem mantidas as despesas de 2004. A receita prevista para 2005 é de R$ 950 milhões.
Para tentar evitar as contas negativas, a reitoria quer diminuir
os gastos. Verbas para itens como
viagens, eletricidade e materiais
de escritório, entre outros, estão
controladas. Também ocorre demissões; na Fundunesp, por
exemplo, já foram 112.
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