DA REPORTAGEM LOCAL

A Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia é contrária ao tratamento anti-envelhecimento, feito com modulação de hormônios.
Na opinião do presidente da sociedade, Alberto de Macedo Soares, que é médico especialista em geriatria, as pessoas devem se preocupar em ter qualidade de vida para conseguir envelhecer com saúde. "Não há milagres para evitar o envelhecimento. Isso é tudo mentira, é uma forma de sedução", diz o especialista.
Na opinião de Soares, a sociedade não enxerga a velhice com bons olhos, o que, em tese, faz com que as pessoas se preocupem demais com a aparência, deixando de lado a saúde e o bem-estar.
Para evitar um envelhecimento precoce e não-saudável, o médico diz que é necessário combater os fatores de risco presentes no cotidiano das pessoas.
"Quem está fora do peso, pessoas fumantes, pessoas que consomem muita bebida alcoólica e que não praticam atividades físicas com certeza estão mais suscetíveis a terem um envelhecimento precoce", diz Soares.
Segundo o médico, essas pessoas envelhecem mais rápido porque sofrem uma deterioração dos órgãos e sistemas. "Os fatores se somam e isso os deixa mais expostos para sofrerem um derrame, enfarto ou problemas de circulação sangüínea."
A tendência atual de tratar o envelhecimento com hormônios é criticada pelo especialista. O uso do hormônio do crescimento como forma de rejuvenescer, de forma indiscriminada, segundo Soares, pode ser perigoso.
A produção desse hormônio começa a apresentar déficit a partir dos 35 anos. Depois dos 50 anos, o declínio é ainda maior.
"O hormônio do crescimento melhora a elasticidade da pele, melhora a massa muscular da pessoa, melhora o ânimo, dá mais disposição. Mas não é possível manter a juventude e, além disso, a interrupção do uso desse hormônio pode provocar casos de diabetes e hipertensão", afirma Soares. (FB)


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