São Paulo, quinta-feira, 03 de abril de 2008

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Bala perdida mata aposentado no metrô

Benedito Alves da Silva, 74, foi atingido durante troca de tiros entre assaltantes e vigilantes de uma empresa na estação Bresser

Três dos quatro vigilantes da empresa de transporte de valores foram rendidos por seis ladrões, armados com pistolas e metralhadoras

ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Um aposentado foi morto na manhã de anteontem, na estação Bresser do metrô (zona leste da capital paulista), por uma bala disparada em uma troca de tiros entre assaltantes e vigilantes de uma empresa que transporta valores.
A polícia investiga se o tiro que atingiu o aposentado saiu das armas dos ladrões ou dos seguranças.
Benedito Alves da Silva, 74, caminhava por uma rampa de acesso à estação quando foi atingido pela bala perdida.
Silva, que estava acompanhado da filha, ainda chegou a ser socorrido por PMs, mas morreu instantes depois de chegar ao hospital do Tatuapé.
Três dos quatro vigilantes da empresa de transporte de valores RRJ que estavam na estação foram rendidos por seis ladrões, armados de pistolas e metralhadoras, quando voltavam dos guichês da estação, já com um malote com dinheiro.
As apurações iniciais da Polícia Civil indicam que o quarto vigilante do carro forte, que também dirige o veículo, viu quando os companheiros foram rendidos pelos ladrões e reagiu ao roubo. Naquele momento, começou o tiroteio que vitimou Silva.
Antes da troca de tiros, os seis ladrões haviam conseguido roubar um malote com R$ 22.781,10, um revólver 38 e uma escopeta calibre 12 dos três vigilantes da RRJ que haviam desembarcado do carro forte e já estavam na rampa da estação Bresser.
Para fugir, os seis assaltantes usaram um Monza que havia sido furtado dias antes do roubo ao carro forte.
Minutos depois do tiroteio, o carro foi encontrado pela polícia ainda na região do metrô Bresser. Dentro dele, foi encontrada uma das armas roubadas dos vigilantes da RRJ. Até ontem, ninguém havia sido preso.
De acordo com o departamento jurídico da RRJ, os ladrões tinham como objetivo entrar no carro forte e, "como a norma da empresa é impedir isso", o motorista reagiu e disparou pelo menos dois tiros de escopeta calibre 12.
As armas dos vigilantes da empresa foram apreendidas pela polícia para a realização de perícia que poderá apontar se o tiro que matou Silva partiu de algumas delas ou das armas dos ladrões.
Antes de passar na estação Bresser, a equipe de vigilantes da RRJ já tinha realizado outra coleta de dinheiro, em uma outra estação do metrô na zona leste e, ainda segundo a empresa de valores, os criminosos também queriam roubar esse dinheiro que já estava no carro forte. Como o motorista não abriu a porta, o veículo foi metralhado pelos criminosos.


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