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Bala perdida mata aposentado no metrô
Benedito Alves da Silva, 74, foi atingido durante troca de tiros entre assaltantes e vigilantes de uma empresa na estação Bresser
Três dos quatro vigilantes da empresa de transporte de
valores foram rendidos por seis ladrões, armados com
pistolas e metralhadoras
ANDRÉ CARAMANTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Um aposentado foi morto na
manhã de anteontem, na estação Bresser do metrô (zona leste da capital paulista), por uma
bala disparada em uma troca de
tiros entre assaltantes e vigilantes de uma empresa que
transporta valores.
A polícia investiga se o tiro
que atingiu o aposentado saiu
das armas dos ladrões ou dos
seguranças.
Benedito Alves da Silva, 74,
caminhava por uma rampa de
acesso à estação quando foi
atingido pela bala perdida.
Silva, que estava acompanhado da filha, ainda chegou a ser
socorrido por PMs, mas morreu instantes depois de chegar
ao hospital do Tatuapé.
Três dos quatro vigilantes da
empresa de transporte de valores RRJ que estavam na estação
foram rendidos por seis ladrões, armados de pistolas e
metralhadoras, quando voltavam dos guichês da estação, já
com um malote com dinheiro.
As apurações iniciais da Polícia Civil indicam que o quarto
vigilante do carro forte, que
também dirige o veículo, viu
quando os companheiros foram rendidos pelos ladrões e
reagiu ao roubo. Naquele momento, começou o tiroteio que
vitimou Silva.
Antes da troca de tiros, os
seis ladrões haviam conseguido
roubar um malote com
R$ 22.781,10, um revólver 38 e
uma escopeta calibre 12 dos
três vigilantes da RRJ que haviam desembarcado do carro
forte e já estavam na rampa da
estação Bresser.
Para fugir, os seis assaltantes
usaram um Monza que havia
sido furtado dias antes do roubo ao carro forte.
Minutos depois do tiroteio, o
carro foi encontrado pela polícia ainda na região do metrô
Bresser. Dentro dele, foi encontrada uma das armas roubadas
dos vigilantes da RRJ. Até ontem, ninguém havia sido preso.
De acordo com o departamento jurídico da RRJ, os ladrões tinham como objetivo
entrar no carro forte e, "como a
norma da empresa é impedir isso", o motorista reagiu e disparou pelo menos dois tiros de escopeta calibre 12.
As armas dos vigilantes da
empresa foram apreendidas
pela polícia para a realização de
perícia que poderá apontar se o
tiro que matou Silva partiu de
algumas delas ou das armas dos
ladrões.
Antes de passar na estação
Bresser, a equipe de vigilantes
da RRJ já tinha realizado outra
coleta de dinheiro, em uma outra estação do metrô na zona
leste e, ainda segundo a empresa de valores, os criminosos
também queriam roubar esse
dinheiro que já estava no carro
forte. Como o motorista não
abriu a porta, o veículo foi metralhado pelos criminosos.
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