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Aumenta adesão à
greve das federais
MARTA AVANCINI
da Reportagem Local
Cresceu ontem o número de unidades que aderiram à greve por
tempo indeterminado dos professores das instituições de ensino federais. A avaliação é do Ministério
da Educação (MEC) e do sindicato
que representa os docentes, conhecido como Andes.
Segundo balanço do MEC, de
um total de 39 unidades pesquisadas, 18 estão parcialmente paralisadas e em 4 a greve teve 100% de
adesão. Foram ouvidas as maiores
universidades, segundo a avaliação do ministério.
O sindicato avalia que 23 instituições de um total de 52 estão em
greve por tempo indeterminado.
Anteontem, eram 18 para a entidade. O balanço do sindicato se baseia nos resultados das assembléias nas universidades.
Embora exista um consenso de
que a adesão ao movimento está
crescendo em termos de número
de unidades, o ministério afirma
que a maior parte das paralisações
é parcial, o que enfraquece o movimento. Segundo o MEC, em 17
universidades das 39 ouvidas,
houve aula normal ontem.
São Paulo
Os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo)
rejeitaram, em assembléia realizada ontem, a greve por tempo indeterminado.
"Decidimos fazer dois dias de
paralisação em data ainda a ser definida", diz Rosemarie Andreazza,
presidente da associação dos docentes da Unifesp.
A categoria considerou que as
paralisações parciais podem ser
meios eficientes para divulgar a
atual situação da universidade pública.
"Não é só a questão salarial.
Queremos denunciar o processo
de esvaziamento geral da universidade. A qualidade dos serviços está caindo e muitos professores estão preferindo ir para as universidades privadas", diz Rosemarie.
Entre as federais, a Unifesp é
uma das que têm menor déficit de
professores: 15 em um corpo docente de um total de cerca de 700.
Na próxima terça-feira, haverá
uma assembléia de professores,
alunos e funcionários para definir
formas de mobilização.
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