São Paulo, sexta, 3 de abril de 1998

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Aumenta adesão à greve das federais

MARTA AVANCINI
da Reportagem Local

Cresceu ontem o número de unidades que aderiram à greve por tempo indeterminado dos professores das instituições de ensino federais. A avaliação é do Ministério da Educação (MEC) e do sindicato que representa os docentes, conhecido como Andes.
Segundo balanço do MEC, de um total de 39 unidades pesquisadas, 18 estão parcialmente paralisadas e em 4 a greve teve 100% de adesão. Foram ouvidas as maiores universidades, segundo a avaliação do ministério.
O sindicato avalia que 23 instituições de um total de 52 estão em greve por tempo indeterminado. Anteontem, eram 18 para a entidade. O balanço do sindicato se baseia nos resultados das assembléias nas universidades.
Embora exista um consenso de que a adesão ao movimento está crescendo em termos de número de unidades, o ministério afirma que a maior parte das paralisações é parcial, o que enfraquece o movimento. Segundo o MEC, em 17 universidades das 39 ouvidas, houve aula normal ontem.
São Paulo
Os professores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) rejeitaram, em assembléia realizada ontem, a greve por tempo indeterminado.
"Decidimos fazer dois dias de paralisação em data ainda a ser definida", diz Rosemarie Andreazza, presidente da associação dos docentes da Unifesp.
A categoria considerou que as paralisações parciais podem ser meios eficientes para divulgar a atual situação da universidade pública.
"Não é só a questão salarial. Queremos denunciar o processo de esvaziamento geral da universidade. A qualidade dos serviços está caindo e muitos professores estão preferindo ir para as universidades privadas", diz Rosemarie.
Entre as federais, a Unifesp é uma das que têm menor déficit de professores: 15 em um corpo docente de um total de cerca de 700.
Na próxima terça-feira, haverá uma assembléia de professores, alunos e funcionários para definir formas de mobilização.



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