FERNANDA DA ESCÓSSIA
da Sucursal do Rio

Numa metáfora para responder aos que lhe fazem críticas ou duvidam de seus projetos, o governador do Rio, Anthony Garotinho (PDT), disse ontem que é "uma formiguinha surda".
A formiguinha surda é protagonista de uma fábula que o governador ouviu de seu avô. Foi a única a chegar ao topo de uma pirâmide de mel, enquanto as outras todas caíram no chão.
"Ela só chegou lá porque não ouviu as outras gritando: "Você não vai conseguir!'", afirmou.
Questionado sobre as críticas do ex-coordenador de Segurança Luiz Eduardo Soares contra ele -Soares chamou Garotinho de "fascista"- e o secretário de Segurança, Josias Quintal -acusado de ser do DOI-Codi-, Garotinho disse que o ex-colaborador estava magoado e "rancoroso".
Os repórteres disseram, então, que Quintal afirmara ter "orgulho" de ter sido do DOI-Codi.
"O DOI-Codi não tinha só torturadores. Eu nunca desconheci que o coronel fosse do DOI-Codi. Ele era do serviço de inteligência, não era torturador", disse ele.
A história da formiguinha surda causou pouco resultado em quem a provocou: o ator e diretor Antônio Abujamra, 70. No lançamento de um projeto de apoio ao teatro no Rio, ele disse "não ter mais esperança de nada".
O governador contou, então, a fábula. Perguntado sobre o que achara, Abujamra disse que já ouviu muitas histórias.


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