DA AGÊNCIA FOLHA

Em entrevista à Agência Folha por telefone, o detento Sandro Pereira Tomás, 31, que passou 48 horas, experimentalmente, na cela de aço, falou sobre o local.
"É um lugar feito para presos sem vontade de voltar à vida social. Um ambiente hostil e com problemas de ventilação. Mas é limpo e higiênico, não tem problemas de ratos e baratas, e o preso não corre risco de contrair doenças. Ficaria mais tempo lá, se fosse preciso, mas é um lugar para colocar presos problemáticos", disse.
Tomás, que cumpre pena de dois anos e cinco meses por furto e receptação de mercadoria, está preso há dez meses. Começou a cumprir pena em Blumenau, no interior do Estado. No presídio de Florianópolis, onde está atualmente, ele vive em um alojamento e trabalha.
"É normal que o presídio não tenha conforto, afinal, estamos pagando por um mal que fizemos à sociedade. Acho que o lugar (cela de aço) é adequado para presos violentos e indisciplinados."
Segundo ele, a temperatura no módulo de aço é maior que a externa. "É mais quente que a cela comum, mas nada insuportável." A Secretaria da Justiça e Cidadania diz que a temperatura na cela fica seis graus abaixo da temperatura externa no verão e o inverso no inverno.



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