São Paulo, quarta-feira, 03 de maio de 2006

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OUTRO LADO

"Até hoje não sei o que aconteceu", afirma jornalista

DA REPORTAGEM LOCAL

O jornalista Pimenta Neves afirmou ontem, em entrevista, por telefone, à TV Bandeirantes, ainda não saber o que ocorreu no dia 20 de agosto de 2000, em um haras em Ibiúna, que o fez matar a ex-namorada Sandra Gomide.
"Até hoje eu não sei o que aconteceu e por que chegou a esse ponto. Só posso atribuir isso a uma perda dos sentidos", disse Pimenta Neves.
O jornalista também deu detalhes do crime. "Eu dei dois tiros praticamente em seguida", afirmou à emissora de TV. "Não deu para pensar muito não. Mas eu queria morrer, né", disse.

Não premeditou
No processo criminal, a defesa do jornalista afirmou que ele agiu sob forte emoção e não premeditou o assassinato.
A atual defensora de Pimenta Neves, Ilana Muller, informou, por funcionários de seu escritório, que não falaria sobre o processo com a imprensa.
Antes de recorrer ao STJ e ao STF, a defesa do jornalista tentou suspender o júri popular no Tribunal de Justiça de São Paulo, órgão da segunda instância, mas não obteve êxito.
A defesa contestou a sentença de pronúncia, da 1ª Vara de Ibiúna, decisão judicial que reconheceu a existência de indícios de autoria do homicídio duplamente qualificado e, por isso, remeteu o processo ao tribunal do júri, que é o órgão responsável por julgar pessoas acusadas de praticar crimes contra a vida.
Os advogados de Pimenta Neves contestaram na Justiça a qualificadora de motivo torpe (ciúmes). Para eles, não houve premeditação do crime.
Em depoimento à polícia paulista, Pimenta Neves disse, em 2000, que foi traído "pessoalmente e profissionalmente" por ela, segundo os seus advogados na época.


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