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OUTRO LADO
"Até hoje não sei o que aconteceu", afirma jornalista
DA REPORTAGEM LOCAL
O jornalista Pimenta Neves
afirmou ontem, em entrevista,
por telefone, à TV Bandeirantes, ainda não saber o que ocorreu no dia 20 de agosto de 2000,
em um haras em Ibiúna, que o
fez matar a ex-namorada Sandra Gomide.
"Até hoje eu não sei o que
aconteceu e por que chegou a
esse ponto. Só posso atribuir isso a uma perda dos sentidos",
disse Pimenta Neves.
O jornalista também deu detalhes do crime. "Eu dei dois tiros praticamente em seguida",
afirmou à emissora de TV.
"Não deu para pensar muito
não. Mas eu queria morrer,
né", disse.
Não premeditou
No processo criminal, a defesa do jornalista afirmou que ele
agiu sob forte emoção e não
premeditou o assassinato.
A atual defensora de Pimenta
Neves, Ilana Muller, informou,
por funcionários de seu escritório, que não falaria sobre o
processo com a imprensa.
Antes de recorrer ao STJ e ao
STF, a defesa do jornalista tentou suspender o júri popular
no Tribunal de Justiça de São
Paulo, órgão da segunda instância, mas não obteve êxito.
A defesa contestou a sentença
de pronúncia, da 1ª Vara de
Ibiúna, decisão judicial que reconheceu a existência de indícios de autoria do homicídio
duplamente qualificado e, por
isso, remeteu o processo ao tribunal do júri, que é o órgão responsável por julgar pessoas
acusadas de praticar crimes
contra a vida.
Os advogados de Pimenta
Neves contestaram na Justiça a
qualificadora de motivo torpe
(ciúmes). Para eles, não houve
premeditação do crime.
Em depoimento à polícia
paulista, Pimenta Neves disse,
em 2000, que foi traído "pessoalmente e profissionalmente" por ela, segundo os seus advogados na época.
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