São Paulo, quinta-feira, 03 de maio de 2007

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entrevista

Não houve erro por má-fé, afirma Saulo

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-secretário da Segurança Pública e promotor Saulo de Castro Abreu Filho (2002 -2006) afirmou que durante sua permanência no cargo não ocorreram questionamentos sobre estatísticas de roubo a banco e que boa parte dos policiais e técnicos de sua gestão permanecem nos cargos ou foram promovidos. Entre eles, o coordenador da CAP (Coordenadoria de Análise e Planejamento), Túlio Kahn. "Ninguém disse que houve discrepância. Para mim, estava tudo correto", afirmou Abreu Filho à Folha, antes do anúncio feito pelo governo de que vai revisar todas as estatísticas criminais desde 2004. Abreu Filho, que deixou o cargo no governo em dezembro, ficará afastado do Ministério Público até maio de 2008, devido a férias e licenças-prêmio acumuladas.

 

FOLHA - O governo revisou as estatísticas de roubo a banco durante a sua gestão. O que o sr. acha que aconteceu?
SAULO DE CASTRO ABREU FILHO
- Os critérios da Febraban são uns. Os das polícia são outros. Provavelmente a Febraban computou roubo a carro-forte ou a cliente nas proximidades ou no interior do banco. Se colocar lado a lado e destrinchar os critérios, os dados serão os mesmos.

FOLHA - Mas não houve nenhuma falha?
ABREU FILHO
- Pode ter ocorrido erro? Pode. Mas não houve má-fé. Nunca me disseram que houve discrepância. Para mim, estava tudo correto. A gente sempre retificou quando havia problema.

FOLHA - Ninguém questionou as estatísticas?
ABREU FILHO
- A Febraban não fez esse tipo de retificação na época. E algumas pessoas da minha gestão ainda estão aí. Continuam nos mesmos postos ou foram até promovidos.


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