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Em linha nobre, executivo troca carro por trem
DA REPORTAGEM LOCAL
Faz alguns anos que o
analista de sistemas Renato Kolbe, 37, decidiu trocar o carro pelo trem para
ir ao trabalho. Salário de
R$ 9.300, Chevrolet Meriva na garagem, ele é dos
executivos que passaram a
usar a rede da CPTM.
"Prefiro mil vezes ir de
trem. De carro, são 40, 45
minutos. De trem, no máximo 25 minutos." Ele
adotou o trem em 2002.
Morador da Vila Leopoldina (zona oeste), Kolbe
usa a linha de trem com
padrão mais próximo ao
do metrô (Osasco-Grajaú),
com trens e estações novas. Desce na estação Berrini, na marginal Pinheiros. E diz já ter convencido
vários amigos a trocar o
meio de locomoção.
"Tem um pessoal que
trabalha comigo que tinha
até um certo preconceito",
afirma. "Mas explico que
isso não acontece nessa linha. As pessoas começaram a perder um pouco
desse medo. Na empresa,
começaram a usar e acabaram gostando." O único
problema, afirma, ocorre
quando o trem quebra, o
que causa atrasos.
Segundo a CPTM, a espera em parte da linha
caiu de sete para cinco minutos. Diz ainda que, de fato, a "qualidade do serviço
tem atraído executivos".
É o caso do publicitário
Odenir Trevisani, 52, que
na manhã de sexta embarcava na estação Berrini.
"Em agilidade, melhorou
muito." Ele ressalta, porém, o contraste entre essa
linha e as demais da
CPTM, ainda distantes da
característica de metrô.
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