São Paulo, segunda-feira, 03 de maio de 2010

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Trem-fantasma fez a última viagem na 6ª; estação terá obras

DA REPORTAGEM LOCAL

A sexta-feira que passou foi o dia de a população de Amador Bueno, bairro de Itapevi (Grande São Paulo), dar adeus ao "trem-fantasma". É assim que alguns passageiros conheciam a composição da CPTM que fazia, gratuitamente, o trajeto até a estação Itapevi, na linha 8.
Quase abandonada, repleta de pichações e mato alto, sem barreira entre a rua e os trilhos, a estação fechou para uma reforma de um ano e meio. Ao final, não será uma das escolhidas para ter padrão de metrô, mas o trecho passará a ser pago. No período de obras, ônibus levarão os passageiros até o centro da cidade.
Os trens Kawasaki-Nippon-Ninki, fabricados em 1958, começaram a rodar em 1999. Um deles é inteiramente grafitado, resultado de um projeto da CPTM em 2003 que pretendia reduzir o vandalismo.
"Estava muito lento já. O trem vai bem devagar. De ônibus era mais rápido, mas tinha que pagar", afirma a auxiliar Gilmara Souza, 23, que conversa com a Folha sobre a linha do trem. Ela disse que a lentidão no trem começou quando uma composição perdeu o freio em 2005 e foi parar em Jandira. Segundo ela, a maioria dos passageiros descia uma estação antes de Itapevi, para não ter que pagar passagem; a conexão na cidade era paga.
"Aqui estava tudo abandonado. À noite, as estações até Itapevi não tinham iluminação [por vandalismo, dizem moradores]", diz a doméstica Alice Araújo, 54. Daí o apelido "trem-fantasma" -à noite, o trem costuma ser mais vazio.


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