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Trem-fantasma fez a última viagem na 6ª; estação terá obras
DA REPORTAGEM LOCAL
A sexta-feira que passou foi o
dia de a população de Amador
Bueno, bairro de Itapevi (Grande São Paulo), dar adeus ao
"trem-fantasma". É assim que
alguns passageiros conheciam
a composição da CPTM que fazia, gratuitamente, o trajeto até
a estação Itapevi, na linha 8.
Quase abandonada, repleta
de pichações e mato alto, sem
barreira entre a rua e os trilhos,
a estação fechou para uma reforma de um ano e meio. Ao final, não será uma das escolhidas para ter padrão de metrô,
mas o trecho passará a ser pago.
No período de obras, ônibus levarão os passageiros até o centro da cidade.
Os trens Kawasaki-Nippon-Ninki, fabricados em 1958, começaram a rodar em 1999. Um
deles é inteiramente grafitado,
resultado de um projeto da
CPTM em 2003 que pretendia
reduzir o vandalismo.
"Estava muito lento já. O
trem vai bem devagar. De ônibus era mais rápido, mas tinha
que pagar", afirma a auxiliar
Gilmara Souza, 23, que conversa com a Folha sobre a linha do
trem. Ela disse que a lentidão
no trem começou quando uma
composição perdeu o freio em
2005 e foi parar em Jandira.
Segundo ela, a maioria dos passageiros descia uma estação
antes de Itapevi, para não ter
que pagar passagem; a conexão
na cidade era paga.
"Aqui estava tudo abandonado. À noite, as estações até Itapevi não tinham iluminação
[por vandalismo, dizem moradores]", diz a doméstica Alice
Araújo, 54. Daí o apelido
"trem-fantasma" -à noite, o
trem costuma ser mais vazio.
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