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CELOBAR
Problema deve estar em outras substâncias, diz técnico
Anvisa descarta contaminação por bactéria em droga usada em exames
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
A Anvisa (Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) descartou a
hipótese de que as 17 mortes associadas ao contraste radiológico
Celobar, do laboratório Enila, tenham como causa uma contaminação da substância por bactéria.
"Não parece contaminação por
bactéria. Não é nossa hipótese
principal. As mortes de pacientes
não envolvem sepse [proliferação
de microorganismos no sangue e
em órgãos]", disse na sexta Murilo Freitas Dias, chefe da unidade
de farmacovigilância da agência.
Especialistas apontam que o
problema deve estar na composição do Celobar, feito à base de sulfato de bário (elemento radioativo). Para Antonio Carlos Zanini,
consultor na área de medicamentos, é preciso verificar a procedência e a qualidade das substâncias
usadas e a possível adição de elementos estranhos à fórmula.
O médico José Moceli, 60, responsável pela disciplina de diagnóstico por imagem da Unesp de
Botucatu, diz que é preciso saber
se não havia um produto tóxico,
que pode ter causado reação alérgica. Para ele, é pouco provável
que o sulfato de bário tenha provocado essas mortes porque ele
não se dispersa no organismo.
Apesar de os problemas estarem ligados ao lote 3040068 do
Celobar, todos os produtos do laboratório foram suspensos até o
fim das análises. A agência descarta também a hipótese de que
outras marcas de sulfato de bário
tenham causado mortes, citada
pela polícia a partir do caso de
uma paciente de Goiás, que morreu após usar outro contraste.
Ontem, o Tribunal de Justiça de
Goiás determinou, sob pena de
multa de até R$ 1 milhão por dia,
que o laboratório veicule contrapropaganda nos principais veículos de comunicação nacional,
alertando sobre riscos da ingestão
do medicamento. Cabe recurso.
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