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CASO TIM LOPES
Cerimônia foi realizada na Associação Brasileira de Imprensa
Missa lembra morte de jornalista
DA SUCURSAL DO RIO
Uma cerimônia em memória
do jornalista Tim Lopes, cujo assassinato completou um ano ontem, foi realizada na Associação
Brasileira de Imprensa, no Rio.
Lopes foi capturado por traficantes da Vila Cruzeiro, no complexo de favelas do Alemão (Penha, zona norte). Foi torturado e
morto na vizinha favela da Grota.
Ele trabalhava na TV Globo. Estava na local para filmar um baile
funk, segundo a emissora.
A ABI realizou um ato ecumênico, com representantes católicos,
metodistas, luteranos e do candomblé. Na ocasião, foi lançado
um carimbo dos Correios em homenagem ao jornalista.
A explosão de uma gruta no alto
da Grota, onde Lopes foi morto,
também estava prevista para ontem. O Esquadrão Anti-Bombas
da Polícia Civil vetou a explosão,
já que há risco de as pedras atingirem casas da região. A entrada da
gruta, onde as vítimas do tráfico
eram incineradas, foi concretada.
Na Justiça
Os sete acusados pela morte do
jornalista irão a júri popular, mas
o julgamento deverá demorar
mais um ano.
A viúva Alessandra Wagner
move uma ação contra a Globo
desde janeiro. Ela pede indenização por danos morais e materiais,
para ela e o filho, Diogo, 17, enteado do jornalista. Segundo o advogado André Martins, cunhado de
Lopes, Alessandra recebe R$
3.000 por mês da emissora, mas o
filho não tem direito a nada.
Martins disse que a Globo alega
que Diogo não recebe pensão por
não ser filho de Lopes. Ele ainda
reclamou da falta de esclarecimentos sobre o que aconteceu no
dia da morte do jornalista. "Depois que a emissora foi avisada, o
que foi feito? Será que a Globo não
tentou exercer o papel da polícia
em vez de informar às autoridades? E a tal fonte que teria informado a ele sobre o baile funk, já
foi identificada? Era isso mesmo
que ele estava fazendo lá? Porque
foram ouvidas muitas pessoas
que disseram que nunca houve
baile funk na Vila Cruzeiro."
A emissora divulgou nota em
que informa que "sempre agiu
com transparência ao revelar as
circunstâncias em que o trabalho
de Tim se deu". Afirma que "que
o baile funk não somente existia,
como também era frequentado
por 3.000 pessoas".
"Nosso conforto é o reconhecimento do filho, da mãe, dos irmãos e das irmãs de Tim de que a Globo agiu sempre com lisura e
boa fé", diz a nota.
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