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Após "maré vermelha",
Bahia libera pesca no mar
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Pescadores da baía de Todos
os Santos (litoral da Bahia) puderam voltar ao mar após 60
dias de proibição de pesca por
causa de uma grande mortandade de peixes gerada pelo fenômeno conhecido como "maré vermelha". A pesca havia sido proibida no final de março,
quando cerca de 50 t de peixes
mortos foram retiradas do mar.
Análises apontaram que a
causa do desastre ambiental foi
uma alga, que se proliferou e
deixou o mar com manchas
avermelhadas. Os peixes morreram por falta de oxigênio.
A intoxicação por algas chegou a afetar os freqüentadores
do mar e quem comeu peixes.
Pelo menos 185 pessoas foram
internadas com queimaduras
no corpo, diarréia e vômito.
Havia a suspeita de que o acidente tivesse sido causado por
um derrame de produtos químicos, mas as investigações
descartaram tal hipótese.
Nesses dois meses de interdição, cerca de 10,5 mil pescadores de cinco municípios (Madre
de Deus, São Francisco do Conde, Santo Amaro da Purificação, Saubara e Salinas da Margarida) ficaram sem trabalhar.
Cerca de 4.000 pescadores
foram cadastrados para receber um seguro-defeso, o equivalente a um salário mínimo
(R$ 380) por mês, no período
em que ficariam impedidos de
trabalhar, mas os recursos só
começaram a ser liberados em
maio. Segundo a Seap (Secretaria Especial de Aqüicultura e
Pesca), eles ainda deverão receber as parcelas que faltam.
Além da pesca, a interdição
afetou turismo, já que o banho
de mar ficou restringido.
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