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Pedágios novos vão subir mais que antigos
Viagem pela Anchieta-Imigrantes fica 4,18% mais cara em 1º de julho
Em novas concessões, como na Ayrton Senna, aumento será maior por causa de mudanças
no índice de reajuste
ALENCAR IZIDORO
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO
Os pedágios nas rodovias
estaduais de São Paulo serão
reajustados no próximo dia
1º de julho. E, pelo segundo
ano seguido, eles vão subir
mais nos postos de cobrança
novos, de estradas recém-concedidas pelo governo estadual, do que nos antigos.
Em rodovias como Imigrantes/Anchieta e Bandeirantes/Anhanguera, os pedágios vão aumentar 4,18%.
Esse índice se refere ao
IGP-M acumulado nos últimos 12 meses, calculado pela
Fundação Getúlio Vargas e
base para corrigir os contratos firmados pelo governo
Mário Covas (PSDB) na segunda metade dos anos 90.
Já em estradas como Ayrton Senna, Carvalho Pinto,
Dom Pedro 1º e trecho oeste
do Rodoanel, que só foram
concedidas nos últimos anos
pelo governo José Serra
(PSDB), os motoristas deverão enfrentar de novo um aumento um pouco mais salgado nos pedágios, porque ele é
baseado no IPCA. Em abril
esse índice acumulava 5,26%
(a correção final a ser aplicada sairá nos próximos dias).
Essa situação ocorre após
a administração estadual ter
adotado um novo critério de
correção dos pedágios com
intenção oposta: de atenuar
os reajustes nas praças de rodovias que passaram ao controle privado recentemente.
Na prática, porém, pelo
menos por enquanto, os motoristas acabaram prejudicados, enquanto as novas concessionárias comemoram.
O IPCA, novo índice utilizado para aumentar os pedágios, é aferido pelo IBGE e
também é a base do governo
do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para dar os reajustes em concessões federais.
LONGO PRAZO
O presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias),
Moacyr Duarte, avalia que as
diferenças no reajuste devem
ser diluídas nos próximos
anos. "Ao longo das décadas,
os dois índices tendem a ser
equivalentes", afirma.
No ano passado, logo depois da escolha do IPCA como critério para reajustar os
novos pedágios, ele acumulou 5,20%, também acima do
IGP-M, que ficou em 3,64%.
Mas a tendência era completamente oposta até então.
De 1998 a 2008, a variação
do IGP-M (que tem forte influência de preços do atacado) foi equivalente a quase
duas vezes a do IPCA (que é
usado como taxa oficial das
metas de inflação da União).
A Artesp (agência estadual
que cuida das concessões)
vai calcular nos próximos
dias os preços exatos das tarifas a partir de 1º de julho, em
razão da necessidade de arredondamentos para facilitar a
cobrança. A tendência é que
a principal praça do sistema
Anchieta/Imigrantes suba de
R$ 17,80 para R$ 18,50.
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