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Juiz do PR não solta 1º suspeito de atacar casal
Jovens foram surpreendidos, no fim de janeiro, em trilha na praia de Matinhos; rapaz foi morto e garota ficou paraplégica
Pedido de liberdade foi feito
depois da prisão de um novo
suspeito, que, de acordo
com a polícia, confessou
ser o autor do crime
DIMITRI DO VALLE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
A Justiça do Paraná negou
ontem pedido de liberdade para o auxiliar de serviços gerais
Juarez Ferreira Pinto, 42, preso há quatro meses e 16 dias sob
suspeita de ter atacado um casal de universitários, no final de
janeiro, em uma trilha em Matinhos (a 110 km de Curitiba),
no litoral paranaense.
O motivo da decisão não foi
informado porque a Justiça decretou sigilo sobre o processo.
Irmão de Juarez, o policial civil Altair Ferreira Pinto, o Taíco, afirmou que a família vai
processar o Estado para repor
danos materiais e morais causados pela prisão.
Os advogados contratados
pela família defendem a liberdade do suspeito depois que a
polícia informou ter detido há
dez dias outro homem, o segurança Paulo Delci Unfried, 32,
que confessou, segundo a polícia, ter sido o autor do crime.
Em 31 de janeiro, o universitário Osíris Del Corso, 22, e a
namorada, Monik Pegorari Lima, 23, foram baleados durante
tentativa de assalto em uma trilha próxima a uma praia em
Matinhos. Del Corso morreu e
a jovem ficou paraplégica.
Um exame de balística apontou que os tiros partiram da arma de Paulo Unfried. Apesar
dos novos indícios, Monik
manteve o reconhecimento de
Juarez como o assaltante. Os
dois suspeitos têm semelhanças físicas.
O Ministério Público Estadual defendeu novas investigações por ter constatado "contradições" no depoimento do
segundo suspeito.
O juiz do Fórum de Matinhos, Rafael Luis Brasileiro Kanayama, determinou sigilo
temporário no processo até que
as apurações sejam concluídas.
Segundo Taíco, o irmão de
Juarez, o aparecimento de um
segundo suspeito no caso já é
suficiente para livrá-lo da cadeia. Sua família vai exigir reparação na Justiça por suposto
erro durante as investigações.
O comando da Polícia Civil
do Paraná diz que não é possível afirmar que houve erro.
"A família vem sofrendo muito. Na hora em que tivermos as
condições legais, não vamos
perder tempo. Foram muitos
danos materiais e morais acumulados em quatro meses",
afirma Taíco.
O policial disse que o irmão
não tem condições físicas de
subir a trilha onde o assalto foi
cometido e que há testemunhos que confirmam que Juarez estava a 22 km da trilha no
dia do ataque ao casal.
Segundo seus advogados,
Juarez sofre sequelas de doenças como Aids e hepatite B e C.
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