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Duas semanas após chuvas, cidades de AL não têm água
Em cidades como Palmeira dos Índios, os moradores sobrevivem com carros-pipa
DE SÃO PAULO
Duas semanas após as
cheias que devastaram cidades do interior de Alagoas e
Pernambuco, o abastecimento de água ainda não foi normalizado em algumas cidades alagoanas.
Os 72 mil habitantes de
Palmeira dos Índios (a 135
km de Maceió) continuam
sem o fornecimento.
E o município nem sequer
foi afetado diretamente pela
enchente: as cheias do rio Paraíba destruíram parte das
adutoras de Carangueja e de
Caçamba e das unidades de
captação e tratamento da cidade, que ficam em Quebrangulo, a 25 km.
Os moradores dependem,
desde 19 de junho, de carros-pipa contratados pela companhia de saneamento, de
caminhões-pipa particulares
ou de reservatórios.
Só em Alagoas, 37 pessoas
morreram por causa dos temporais nas duas últimas semanas. Em Pernambuco, foram outras 20 mortes.
Em cidades como Murici,
ainda há falta de água.
De acordo com a previsão
da companhia de saneamento Casal, o sistema Carangueja, que abastece Palmeira
dos Índios, deve ser reativado até segunda-feira. O material danificado foi revisado e
está em fase de montagem.
"Ficar sem o abastecimento normal é muito chato. Em
casa, tivemos que contratar
um carro-pipa para fazer as
atividades cotidianas. Eu e
cinco vizinhos pagamos R$
100 por um caminhão com
7.000 litros", conta o carteiro
Ricardo Rocha da Silva, 22.
O aposentado Abelardo
Gomes, 89, faz uso de um reservatório que possui em casa, com capacidade para 27
mil litros.
"Resolvi construir minha
cisterna há 40 anos, quando
construí minha casa. Não me
arrependo, está sendo útil
até hoje.
(JOÃO PAULO GONDIM)
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