São Paulo, sábado, 03 de julho de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Duas semanas após chuvas, cidades de AL não têm água

Em cidades como Palmeira dos Índios, os moradores sobrevivem com carros-pipa

DE SÃO PAULO

Duas semanas após as cheias que devastaram cidades do interior de Alagoas e Pernambuco, o abastecimento de água ainda não foi normalizado em algumas cidades alagoanas.
Os 72 mil habitantes de Palmeira dos Índios (a 135 km de Maceió) continuam sem o fornecimento.
E o município nem sequer foi afetado diretamente pela enchente: as cheias do rio Paraíba destruíram parte das adutoras de Carangueja e de Caçamba e das unidades de captação e tratamento da cidade, que ficam em Quebrangulo, a 25 km.
Os moradores dependem, desde 19 de junho, de carros-pipa contratados pela companhia de saneamento, de caminhões-pipa particulares ou de reservatórios.
Só em Alagoas, 37 pessoas morreram por causa dos temporais nas duas últimas semanas. Em Pernambuco, foram outras 20 mortes.
Em cidades como Murici, ainda há falta de água.
De acordo com a previsão da companhia de saneamento Casal, o sistema Carangueja, que abastece Palmeira dos Índios, deve ser reativado até segunda-feira. O material danificado foi revisado e está em fase de montagem.
"Ficar sem o abastecimento normal é muito chato. Em casa, tivemos que contratar um carro-pipa para fazer as atividades cotidianas. Eu e cinco vizinhos pagamos R$ 100 por um caminhão com 7.000 litros", conta o carteiro Ricardo Rocha da Silva, 22.
O aposentado Abelardo Gomes, 89, faz uso de um reservatório que possui em casa, com capacidade para 27 mil litros.
"Resolvi construir minha cisterna há 40 anos, quando construí minha casa. Não me arrependo, está sendo útil até hoje.
(JOÃO PAULO GONDIM)


Texto Anterior: Delegada pediu à Justiça proteção para ex de Bruno
Próximo Texto: Guia da Folha: Confira eventos que sofreram alterações na programação
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.