São Paulo, sábado, 03 de julho de 2010

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POR AÍ

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Igreja Católica quer vender antigo seminário da Penha

VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A igreja pretende vender o seminário da Penha, prédio que também abrigou a administração regional e um hospital. Uma construtora já está interessada na área.
A Folha apurou que no local devem ser construídos edifícios residenciais, mas nem a construtora Stuhlberger nem a igreja dão detalhes sobre os valores do negócio.
A prefeitura confirma que existe um projeto protocolado para empreendimento naquele terreno, mas que a aprovação ainda depende da reavaliação do valor histórico do prédio, hoje embargado por se encontrar em uma área de proteção cultural.
Outras soluções foram tentadas. Faculdades visitaram o local, mas cômodos foram considerados pequenos, diz o monsenhor Calazans, da basílica da Penha, ao lado.
"Há um grupo de saudosos da Penha que deseja o tombamento". Mas alguns fieis também são contra a venda, disse o monsenhor.
Francisco Folco, do Memorial da Penha, concorda que o valor arquitetônico do prédio é "modesto", mas que a sua importância está em fazer, com a basílica, parte da memória afetiva do bairro.
Segundo ele, na década de 50, os fiéis arrecadaram fundos e forneceram mão de obra para a construção.
O que alguns moradores temem é que a liberação do terreno seja o início da especulação imobiliária da área, onde, a poucos metros do centro histórico do bairro, criado no século 17, predominam casinhas antigas.

Não é por aí

EX-BASE DA GCM ESTÁ ABANDONADA
Além da deterioração aparente, possível esconderijo para assaltantes.
Essa é a preocupação dos moradores após a desativação de uma base fixa da Guarda Civil Metropolitana em praça da avenida Ultramarino, esquina com a dos Direitos Humanos, em Lauzanne Paulista (zona norte).
Questionada, a administração municipal informou que as bases fixas foram substituídas por móveis, por serem "mais versáteis", e que estuda proposta para dar novo uso para o espaço.

ZONA SUL

Projeto na Câmara propõe alterar o nome do parque da Aclimação

DE SÃO PAULO - Parque da Aclimação Estevam Hernandes. Esse é o nome sugerido em projeto de Marcelo Aguiar (PSC). Evangélico, afirma que a proposta "não tem nada a ver com o filho", o apóstolo Estevam Hernandes Filho, fundador da Renascer em Cristo.
"O parque é do povo, não de uma igreja", disse a frequentadora Dolores Furlan. "Minha intenção era homenagear um homem que viveu no bairro, foi jardineiro do cemitério", disse Aguiar. Ele morreu em 1989, aos 70 anos.
"Entrei com o projeto há uma semana, não sei se tem condições de ser aprovado. Se eu sentir que está dividindo muito [as opiniões], retiro."

Por ALESSANDRA BALLES, com VANESSA CORREA



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