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POR AÍ
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@folha_porai
Igreja Católica quer vender antigo seminário da Penha
VANESSA CORREA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A igreja pretende vender o
seminário da Penha, prédio
que também abrigou a administração regional e um hospital. Uma construtora já está
interessada na área.
A Folha apurou que no local devem ser construídos
edifícios residenciais, mas
nem a construtora Stuhlberger nem a igreja dão detalhes
sobre os valores do negócio.
A prefeitura confirma que
existe um projeto protocolado para empreendimento naquele terreno, mas que a
aprovação ainda depende da
reavaliação do valor histórico do prédio, hoje embargado por se encontrar em uma
área de proteção cultural.
Outras soluções foram tentadas. Faculdades visitaram
o local, mas cômodos foram
considerados pequenos, diz
o monsenhor Calazans, da
basílica da Penha, ao lado.
"Há um grupo de saudosos da Penha que deseja o
tombamento". Mas alguns
fieis também são contra a
venda, disse o monsenhor.
Francisco Folco, do Memorial da Penha, concorda
que o valor arquitetônico do
prédio é "modesto", mas que
a sua importância está em fazer, com a basílica, parte da
memória afetiva do bairro.
Segundo ele, na década de
50, os fiéis arrecadaram fundos e forneceram mão de
obra para a construção.
O que alguns moradores
temem é que a liberação do
terreno seja o início da especulação imobiliária da área,
onde, a poucos metros do
centro histórico do bairro,
criado no século 17, predominam casinhas antigas.
Não é por aí
EX-BASE DA GCM ESTÁ ABANDONADA
Além da deterioração aparente,
possível esconderijo
para assaltantes.
Essa é a preocupação dos
moradores após a desativação
de uma base fixa da
Guarda Civil Metropolitana
em praça da avenida Ultramarino,
esquina com a dos
Direitos Humanos, em Lauzanne Paulista (zona norte).
Questionada, a administração
municipal informou
que as bases fixas foram
substituídas por móveis, por
serem "mais versáteis", e que
estuda proposta para dar novo uso para o espaço.
ZONA SUL
Projeto na Câmara propõe alterar
o nome do parque da Aclimação
DE SÃO PAULO - Parque da Aclimação
Estevam Hernandes.
Esse é o nome sugerido em
projeto de Marcelo Aguiar
(PSC). Evangélico, afirma que
a proposta "não tem nada a
ver com o filho", o apóstolo Estevam
Hernandes Filho, fundador da Renascer em Cristo.
"O parque é do povo, não de
uma igreja", disse a frequentadora Dolores Furlan.
"Minha intenção era homenagear
um homem que viveu
no bairro, foi jardineiro do cemitério",
disse Aguiar. Ele
morreu em 1989, aos 70 anos.
"Entrei com o projeto há
uma semana, não sei se tem
condições de ser aprovado. Se
eu sentir que está dividindo
muito [as opiniões], retiro."
Por ALESSANDRA BALLES, com VANESSA CORREA
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