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Para SP, nº de postos de saúde supre necessidade
Governo diz que não é essencial ter verba direta para Saúde da Família
Estado tem um posto de saúde para cada 10 mil habitantes, mais do que ministério recomenda (um para 30 mil)
DE SÃO PAULO
O governo de São Paulo
diz que não destina aos municípios verbas específicas
para o programa Saúde da
Família sob o argumento de
que o Estado conta com muitos postos de saúde.
"É equivocado usar apenas o Saúde da Família como
parâmetro para avaliação da
atenção básica em saúde pelo SUS", diz, por nota, a Secretaria de Estado da Saúde.
Enquanto o Ministério da
Saúde recomenda um posto
de saúde por 30 mil habitantes, em São Paulo há três postos. "Isso permite que os municípios possam optar ou não
pelo Saúde da Família."
Os postos estão no modelo
tradicional da atenção básica
à saúde. Para especialistas, o
modelo do Saúde da Família
tem vantagens. No posto de
saúde, a preocupação é curar
quem marcou consulta. O
Saúde da Família vê a saúde
de todos da casa e enfatiza a
prevenção de doenças.
COMPENSAÇÕES
O governo de São Paulo
também lembra que parte
considerável dos paulistas
tem plano de saúde e, portanto, dependem menos do
setor público.
O Estado diz que, embora
não incentive especificamente o Saúde da Família, destina R$ 60 milhões por ano,
pelo programa Quais, a 402
cidades para ações gerais de
atenção básica - R$ 12.400
ao mês, em média, por local.
As demais cidades, perto
de 250, não têm o auxílio.
O Ministério da Saúde não
comentou o caso de SP, mas
disse: "A não adesão [dos Estados] onera o orçamento das
prefeituras e do ministério".
As verbas federais para o
Saúde da Família passaram
de R$ 1,3 bilhão em 2002 para
R$ 5,1 bilhões em 2009.
(RICARDO WESTIN)
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