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Globo pede anúncio sem Ratinho
ANNA LEE
da Sucursal do Rio
Para veicular o comercial do governo do Rio sobre a chegada do
metrô a Copacabana, a Rede Globo exigiu uma versão diferente da
exibida pelas outras emissoras.
A propaganda original mostrava
Roberta Close enumerando uma
série de fatos que pareciam impossíveis de acontecer, mas que se
tornaram realidade: "Romário
ser cortado da seleção, Cid Moreira sair do "Jornal Nacional', o
metrô chegar a Copacabana, o Ratinho virar líder de audiência".
O responsável pela edição do
anúncio, Guy Blanc, da agência de
publicidade Duda Mendonça, disse que a Globo alegou que, "segundo suas regras internas, não é
permitido veicular comerciais que
falem da concorrência".
Blanc contou que a emissora comunicou na segunda-feira, de última hora, que só veicularia o
anúncio se fosse cortada a frase na
qual Roberta Close se referia a Ratinho (apresentador do programa
"Ratinho Livre", da Record).
"O anúncio, que estava editado
desde sexta-feira, tinha que entrar
no ar na hora do "Jornal Nacional', às 20h, e só me avisaram às
17h30. Ligaram para dizer que, se
não fosse alterado, eles não iriam
veiculá-lo", disse.
A Rede Globo afirmou ontem
que exibiu o comercial da forma
como o recebeu da agência e que
não tinha conhecimento de qualquer alteração no conteúdo original. A Folha apurou que a emissora de fato pediu outra versão.
A emissora afirmou que desde
anteontem deixou de veicular o
anúncio por exigência da legislação eleitoral. Segundo a lei nº
9.504, de 97, está proibida, a partir
de 1º de julho, a exibição de campanhas institucionais até a eleição.
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