São Paulo, sexta, 3 de julho de 1998

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Globo pede anúncio sem Ratinho

ANNA LEE
da Sucursal do Rio

Para veicular o comercial do governo do Rio sobre a chegada do metrô a Copacabana, a Rede Globo exigiu uma versão diferente da exibida pelas outras emissoras.
A propaganda original mostrava Roberta Close enumerando uma série de fatos que pareciam impossíveis de acontecer, mas que se tornaram realidade: "Romário ser cortado da seleção, Cid Moreira sair do "Jornal Nacional', o metrô chegar a Copacabana, o Ratinho virar líder de audiência".
O responsável pela edição do anúncio, Guy Blanc, da agência de publicidade Duda Mendonça, disse que a Globo alegou que, "segundo suas regras internas, não é permitido veicular comerciais que falem da concorrência".
Blanc contou que a emissora comunicou na segunda-feira, de última hora, que só veicularia o anúncio se fosse cortada a frase na qual Roberta Close se referia a Ratinho (apresentador do programa "Ratinho Livre", da Record).
"O anúncio, que estava editado desde sexta-feira, tinha que entrar no ar na hora do "Jornal Nacional', às 20h, e só me avisaram às 17h30. Ligaram para dizer que, se não fosse alterado, eles não iriam veiculá-lo", disse.
A Rede Globo afirmou ontem que exibiu o comercial da forma como o recebeu da agência e que não tinha conhecimento de qualquer alteração no conteúdo original. A Folha apurou que a emissora de fato pediu outra versão.
A emissora afirmou que desde anteontem deixou de veicular o anúncio por exigência da legislação eleitoral. Segundo a lei nº 9.504, de 97, está proibida, a partir de 1º de julho, a exibição de campanhas institucionais até a eleição.



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