São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2007

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Bologna lê norma e "pula" trecho sobre reversor

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em uma tentativa de evitar a discussão sobre o risco de voar com reversor inoperante, o presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, chegou a omitir, durante a leitura de uma instrução da Anac, trecho sobre a exigência do uso do equipamento em dias de chuva.
Bologna foi pressionado a ler a instrução por integrantes da CPI do Apagão Aéreo. "Quando o aeroporto de decolagem estiver com a pista molhada, a tripulação deve certificar-se de que o avião esteja com todos os sistemas operando, notadamente o antiskid e etc", leu o presidente da TAM.
O texto original, no entanto, diz que o piloto deve usar "notadamente o reverso", e não o antiskid (sistema que impede a aeronave de patinar na pista)
O deputado Vic Pires (DEM-PA) percebeu a omissão, o que causou vários questionamentos ao presidente da TAM.
A instrução da Anac, editada em 31 de janeiro de 2007, também orienta os tripulantes a "usar o máximo reverso" no pouso em pista molhada. No entanto, permite às empresas adotarem "métodos alternativos" desde que comprovado "o nível adequado de segurança".
Bologna disse que foi nisso que a companhia se baseou para seguir o fabricante e operar com o reverso travado. Segundo ele, a TAM comprovou que o procedimento era seguro por meio de "certificado das cartas da autoridade francesa".
O presidente da companhia acrescentou que não é a norma da Anac que fica na cabine dos pilotos, mas o livro de bordo, um compilado de regras internacionais e do fabricante, homologadas pela Anac. Ele voltou a afirmar que a falta de um reversor não causou o acidente.


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