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Bologna lê norma e "pula" trecho sobre reversor
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em uma tentativa de evitar a
discussão sobre o risco de voar
com reversor inoperante, o
presidente da TAM, Marco Antonio Bologna, chegou a omitir,
durante a leitura de uma instrução da Anac, trecho sobre a
exigência do uso do equipamento em dias de chuva.
Bologna foi pressionado a ler
a instrução por integrantes da
CPI do Apagão Aéreo. "Quando
o aeroporto de decolagem estiver com a pista molhada, a tripulação deve certificar-se de
que o avião esteja com todos os
sistemas operando, notadamente o antiskid e etc", leu o
presidente da TAM.
O texto original, no entanto,
diz que o piloto deve usar "notadamente o reverso", e não o
antiskid (sistema que impede a
aeronave de patinar na pista)
O deputado Vic Pires (DEM-PA) percebeu a omissão, o que
causou vários questionamentos ao presidente da TAM.
A instrução da Anac, editada
em 31 de janeiro de 2007, também orienta os tripulantes a
"usar o máximo reverso" no
pouso em pista molhada. No
entanto, permite às empresas
adotarem "métodos alternativos" desde que comprovado "o
nível adequado de segurança".
Bologna disse que foi nisso
que a companhia se baseou para seguir o fabricante e operar
com o reverso travado. Segundo ele, a TAM comprovou que o
procedimento era seguro por
meio de "certificado das cartas
da autoridade francesa".
O presidente da companhia
acrescentou que não é a norma
da Anac que fica na cabine dos
pilotos, mas o livro de bordo,
um compilado de regras internacionais e do fabricante, homologadas pela Anac. Ele voltou a afirmar que a falta de um
reversor não causou o acidente.
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