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Subprefeitura cassa alvará de funcionamento do Bahamas
Local deve ser fechado hoje por ter "prostituição de luxo"
DIÓGENES CAMPANHA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo
cassou o alvará da casa noturna
Bahamas, em Moema. A licença
de funcionamento foi recusada
ontem pelo subprefeito da Vila
Mariana, Fábio Lepique, com
base em entrevista concedida
pelo proprietário da boate, Oscar Maroni Filho, ao "Jornal da
Noite", da TV Bandeirantes.
Na terça, o telejornal exibiu
reportagem na qual o empresário falava sobre as atividades
desenvolvidas no Bahamas.
"Sim, é prostituição de luxo
sim, não vamos ser hipócritas",
disse ele, segundo registrado no
processo. A Folha apurou que a
subprefeitura pretende fechar
o Bahamas ainda hoje.
"Você acha digno cassar um
alvará de um estabelecimento
de 20 anos, que gera 60 empregos, baseado em uma matéria
sensacionalista?", questionou
Maroni ao ser informado da
decisão pela Folha.
Segundo a subprefeitura, o
Bahamas possuía autorização
para atividades de "hotelaria,
sauna, banho, bar e restaurante". "Ele não tem licença para o
funcionamento da boate e, na
entrevista à televisão, admite
que aquilo é uma casa de prostituição de luxo", diz Lepique.
Em seu despacho, ele acusa
Maroni de infringir os artigos
229 e 230 do Código Penal, que
proíbem a manutenção de "casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso" e a exploração de
"prostituição alheia".
"Na minha casa, homem paga R$ 120 para entrar e as mulheres, R$ 37. O que ocorre depois não é da minha conta.
Qual o problema de duas pessoas maiores de idade fazerem
sexo?", pergunta Maroni.
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