São Paulo, sexta-feira, 03 de agosto de 2007

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Subprefeitura cassa alvará de funcionamento do Bahamas

Local deve ser fechado hoje por ter "prostituição de luxo"

DIÓGENES CAMPANHA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Prefeitura de São Paulo cassou o alvará da casa noturna Bahamas, em Moema. A licença de funcionamento foi recusada ontem pelo subprefeito da Vila Mariana, Fábio Lepique, com base em entrevista concedida pelo proprietário da boate, Oscar Maroni Filho, ao "Jornal da Noite", da TV Bandeirantes.
Na terça, o telejornal exibiu reportagem na qual o empresário falava sobre as atividades desenvolvidas no Bahamas. "Sim, é prostituição de luxo sim, não vamos ser hipócritas", disse ele, segundo registrado no processo. A Folha apurou que a subprefeitura pretende fechar o Bahamas ainda hoje.
"Você acha digno cassar um alvará de um estabelecimento de 20 anos, que gera 60 empregos, baseado em uma matéria sensacionalista?", questionou Maroni ao ser informado da decisão pela Folha.
Segundo a subprefeitura, o Bahamas possuía autorização para atividades de "hotelaria, sauna, banho, bar e restaurante". "Ele não tem licença para o funcionamento da boate e, na entrevista à televisão, admite que aquilo é uma casa de prostituição de luxo", diz Lepique.
Em seu despacho, ele acusa Maroni de infringir os artigos 229 e 230 do Código Penal, que proíbem a manutenção de "casa de prostituição ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso" e a exploração de "prostituição alheia".
"Na minha casa, homem paga R$ 120 para entrar e as mulheres, R$ 37. O que ocorre depois não é da minha conta. Qual o problema de duas pessoas maiores de idade fazerem sexo?", pergunta Maroni.


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