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Grupo afirma não ter recebido nem vale-alimentação
JAMES CIMINO
DE SÃO PAULO
DIANA BRITO
DO RIO
Sem almoço e sem ter recebido tíquetes de alimentação
da Gol, membros da família
Marchesi se apoiavam sobre
caixas cheias de peixes que
tinham pescado em Mato
Grosso. "Já apodreceu tudo",
disse um deles.
Os Marchesi vinham de
Cuiabá (MT) e deveriam ter
embarcado para Vitória (ES)
às 11h, em Cumbica, num dos
diversos voos cancelados, lotados e atrasados da Gol no
dia de ontem.
A companhia os trouxe,
junto a um grupo de cerca de
30 passageiros, para Congonhas, onde seriam encaixados em um voo da TAM.
Ao chegar ao balcão da
companhia, descobriram
que a Gol não havia passado
sua documentação para a
concorrente, que já havia encerrado o check in do voo das
17h12. O grupo se revoltou.
O caminhoneiro Celso Renato Oliveira Wasconcelos
vinha de Londres e pedia a
um funcionário da Gol que
devolvesse o dinheiro de sua
passagem para comprar outro tíquete com a TAM.
Por volta das 17h30, outro
funcionário da Gol convocou
o grupo e disse que 15 deles,
preferencialmente crianças e
idosos, seriam encaixados
no voo das 20h53 da TAM.
Cansados, os passageiros
se amontoavam para entregar documentos ao funcionário e não ter de esperar até as
22h20, quando sairia o último voo da Gol para Vitória.
No Rio, o ginecologista Alberto Saute, 55, perdeu cirurgias que faria em Porto Alegre, para onde viajaria às
11h20 -a saída do avião foi
transferida para as 14h.
"Vou processar a empresa
por danos. Ninguém nos explica o que está acontecendo,
não há um pronunciamento
oficial", reclamou Saute que,
depois de muita discussão,
conseguiu vale-alimentação.
Procurada, a Gol não se
manifestou.
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