São Paulo, quinta-feira, 03 de setembro de 2009

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RENATA MARIA NITRINI PEREIRA GOMES (1945-2009)

A professora conheceu o amor no Carnaval

TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Eduardo brincava o Carnaval de 1973, em um clube de Tietê (interior de São Paulo), quando escorregou nas serpentinas e estabacou-se no chão. Foi acudido pelas mãos de Renata e, abraçados, saíram a pular pelo salão. Foi a primeira vez que ele a viu.
No fim do Carnaval, ela voltou para Sorocaba (distante 61 km do clube de Tietê), onde estudava pedagogia. Ele foi procurá-la. Começaram a namorar e, após dois anos, casaram-se em São Paulo, onde ele morava. Ela passou a coordenar as turmas de magistério do colégio Caetano de Campos, onde trabalhou por quase 20 anos, conta a família.
Brincaram juntos outros 22 Carnavais, alguns, meio de improviso. No de 1978, foram para Santos tomar um café da manhã. Quando descobriram que um clube realizaria um baile do Havaí, ficaram os três dias da festa. A Quarta-Feira de Cinzas chegou em 1996, quando a rotina os separou. Foi cada um para o seu apartamento.
Mas, aos poucos, foram retomando as conversas e voltaram a namorar. Há dois anos, a relação voltou a ficar séria e o casal fazia planos para os próximos Carnavais. Só que Renata não conseguiu esperar fevereiro chegar. Morreu em 26 de agosto, justamente uma quarta-feira, aos 63, por complicações em uma cirurgia de hérnia.
No velório, usou um colar encomendado pelo marido com os dizeres: "Renata e Eduardo (27/09/1975-26/ 08/2009)". Foi a última vez que ele a viu. A joia ficou com Eduardo. Não tiveram filhos.

coluna.obituario@uol.com.br


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