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RENATA MARIA NITRINI PEREIRA GOMES (1945-2009)
A professora conheceu o amor no Carnaval
TALITA BEDINELLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Eduardo brincava o Carnaval de 1973, em um clube
de Tietê (interior de São Paulo), quando escorregou nas
serpentinas e estabacou-se
no chão. Foi acudido pelas
mãos de Renata e, abraçados,
saíram a pular pelo salão. Foi
a primeira vez que ele a viu.
No fim do Carnaval, ela
voltou para Sorocaba (distante 61 km do clube de Tietê), onde estudava pedagogia. Ele foi procurá-la.
Começaram a namorar e,
após dois anos, casaram-se
em São Paulo, onde ele morava. Ela passou a coordenar
as turmas de magistério do
colégio Caetano de Campos,
onde trabalhou por quase 20
anos, conta a família.
Brincaram juntos outros
22 Carnavais, alguns, meio de
improviso. No de 1978, foram para Santos tomar um
café da manhã. Quando descobriram que um clube realizaria um baile do Havaí, ficaram os três dias da festa.
A Quarta-Feira de Cinzas
chegou em 1996, quando a
rotina os separou. Foi cada
um para o seu apartamento.
Mas, aos poucos, foram retomando as conversas e voltaram a namorar. Há dois
anos, a relação voltou a ficar
séria e o casal fazia planos
para os próximos Carnavais.
Só que Renata não conseguiu esperar fevereiro chegar. Morreu em 26 de agosto,
justamente uma quarta-feira, aos 63, por complicações
em uma cirurgia de hérnia.
No velório, usou um colar
encomendado pelo marido
com os dizeres: "Renata e
Eduardo (27/09/1975-26/
08/2009)". Foi a última vez
que ele a viu. A joia ficou com
Eduardo. Não tiveram filhos.
coluna.obituario@uol.com.br
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