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Sistema baixou número de mortes
DA REPORTAGEM LOCAL
O número de vítimas fatais em
acidentes de trânsito teve redução
após a implantação da fiscalização fotográfica para controlar a
velocidade dos veículos na cidade
de São Paulo.
Em 1996, quando ainda não havia radares nem lombadas eletrônicas, houve 2.245 mortes. Ou seja, mais de seis por dia. Em 1999,
foram 1.683. Essa diminuição de
25% indica que, diariamente,
mais de uma morte no trânsito
deixou de acontecer.
No primeiro semestre de 1997, a
capital registrou 1.303 vítimas fatais. No mesmo período deste
ano, foram 880 -redução de
32,5%.
"Nos pontos onde há aparelhos,
como nas marginais, a redução
nos acidentes passou de 50%",
afirma o engenheiro da CET Luiz
de Carvalho Montans.
"Usada criteriosamente, a fiscalização eletrônica é um mecanismo eficaz para reduzir atos inseguros", diz o especialista Hugo
Pietrantonio, professor da USP.
O presidente do Instituto de Segurança no Trânsito, David Duarte Lima, diz que a vantagem é a
substituição do homem.
"Não dá para ter um guarda a
cada esquina, mas dá para ter um
equipamento a cada esquina. Há
uma redução da velocidade onde
há esse tipo de controle. E também há redução de acidentes."
Lima contesta, porém, a forma
como essas multas estão sendo
aplicadas. "Para que a multa tenha um caráter educativo, é preciso que o infrator conecte o seu
comportamento errado à punição. O ideal seria que o motorista
fosse abordado e notificado por
um agente logo após cometer a infração. Com isso, a punição ganharia um caráter mais educativo.
Aqui, o sujeito recebe a multa em
casa, vinte dias depois."
Pietrantonio afirma que também haveria outras maneiras de
controlar a velocidade e reduzir o
número de mortes no trânsito.
"Eu citaria a necessidade de melhorar os espaços para pedestres e
a sua sinalização, o trabalho contínuo de monitoração e a correção
de problemas de segurança viária,
além de ações na melhoria do sistema judiciário e em educação para o trânsito", diz.
"O Estado achou que o novo
Código de Trânsito Brasileiro era
só para o cidadão. Ele também
precisa fazer a sua parte", afirma o
presidente do Instituto de Segurança no Trânsito.
Para o engenheiro Montans,
"dentro dos recursos que recebe,
a CET cumpre muito bem a sua
parte".
(AI)
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