São Paulo, terça-feira, 03 de outubro de 2000

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Outros municípios multam mais

DA REPORTAGEM LOCAL

Outros municípios do Estado que implantaram a fiscalização eletrônica controlam a velocidade dos motoristas infratores com mais eficiência do que São Paulo.
Em Mogi Guaçu (167 km de São Paulo), há quase 50% de aproveitamento das imagens detectadas pelos aparelhos. Em São Paulo, o índice não passa de 40%.
"Há muita perda à noite, por causa da escuridão. O problema geralmente é nas imagens, ou seja, está ligado às limitações do aparelho. A gente não imaginava que fosse assim", afirma Beatriz Gardinal, gerente de trânsito de Mogi Guaçu.
De 1.400 a 1.500 imagens feitas mensalmente, pelo menos 700 são convertidas em infrações. "Nos radares móveis, há quase 80% de aproveitamento. Mas eles não operam durante a noite."
A cidade tem 150 mil habitantes e 40 mil carros. Existem três equipamentos fixos e um móvel. O sistema foi adotado em janeiro de 1999. A empresa responsável é a Sitran, de Belo Horizonte.
"O infrator habitual acaba sendo pego. Ele não tem como escapar sempre", diz Beatriz.

ABC
Em Santo André, no ABC paulista, a fiscalização eletrônica começou a ser feita em fevereiro de 1999. A perda de imagens varia entre 35% e 40%.
A cidade possui os três tipos de aparelhos: radares fixos, móveis e lombadas eletrônicas.
"No radar móvel o erro é maior porque o posicionamento é lateral. Quando chove muito forte, também pode interferir na perda de imagem", afirma Epeus Monteiro, diretor do DST (Departamento de Serviços de Trânsito) de Santo André.
Diferentemente de São Paulo, porém, a cidade não isenta ambulâncias e carros de polícia da fiscalização. "Ao receber a multa, eles podem encaminhar recurso, como qualquer motorista. Pode ser um risco para um paciente uma ambulância andando em velocidade alta", afirma Monteiro. (AI)

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