|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Com prótese na perna, Cláudia afirma levar uma vida normal
DA REPORTAGEM LOCAL
A administradora de empresas Cláudia Marques Maximino, 45, é uma das vítimas da
primeira geração da talidomida. Em 1962, quando a droga
era largamente vendida em todo mundo, sua mãe utilizou o
remédio para controlar os enjôos da gravidez.
"Tive a sorte de nascer numa
família legal, com recursos, que
me colocou na reabilitação desde os três anos de idade e sempre me apoiou", conta Maximino que nasceu com apenas rudimentos de pernas e braços.
As pernas foram amputadas
para a colocação de próteses.
"Faço tudo de muletas e levo
uma vida normal. Fiz faculdade, pós", conta ela, que preside
há 15 anos a associação que
criou para ajudar outras vítimas da síndrome.
Para ela, o que mais preocupa
nos novos casos da síndrome da
talidomida fetal é que nenhuma das ocorrências foi constatada por meio de um sistema de
farmacovigilância do governo
federal. "Vai saber quantos casos existem por aí perdidos,
sem que ninguém saiba."
Segundo ela, organismos internacionais estão demonstrando mais preocupação com
os novos casos da síndrome do
que o Brasil. "Hoje mesmo uma
TV alemã me procurou querendo documentar os casos."
Maximino diz que outra
preocupação é com o fato de a
talidomida poder vir a ser aprovada para mais fins.
"A Anvisa [Agência Nacional
de Vigilância Sanitária] chegou
a fazer uma consulta pública
sobre a flexibilização do uso da
droga, mas a gente fez um auê
danado e conseguiu reverter isso. Ficou resolvido que nada será aprovado sem que passe pelo
Conselho Nacional de Saúde."
(CC)
Texto Anterior: Ministério da Saúde quer aumentar rigor no uso e distribuir material educativo Próximo Texto: 3 alunos são condenados por invasão da Unesp Índice
|