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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Modelo amplia o acesso ao ensino superior
A FAVOR - Para defensores, sistema supre necessidades
DA REPORTAGEM LOCAL
Educadores favoráveis à modalidade de educação a distância defendem que o modelo
amplia o acesso de um maior
número de pessoas ao ensino
superior e também supre a carência de profissionais capacitados em determinadas áreas.
"A educação a distância é
uma solução para essas necessidades", afirma Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de
Educação a Distância do MEC
(Ministério da Educação).
"Há muitas regiões que não
têm instituições de ensino e os
cursos a distância são a única
maneira de essas pessoas conseguirem ter alguma formação", concorda Rita Maria Lino,
integrante do conselho fiscal da
Abed (Associação Brasileira de
Educação a Distância).
O projeto pedagógico deve
prever uma carga horária idêntica à do curso presencial e as
aulas práticas, em laboratórios,
devem ser realizadas em pólos.
"As pessoas não devem se preocupar com a modalidade do
curso, se é presencial ou não,
mas, sim, com a qualidade da
instituição que oferece o curso,
porque há cursos ruins tanto
no formato presencial quanto
no a distância", diz.
Não há diferença entre o diploma de um curso presencial e
o de um a distância.
Em 2006, o governo federal
criou a UAB (Universidade
Aberta do Brasil), que articula
programas de educação a distância de instituições públicas
já existentes. "O objetivo é levar ensino superior público de
qualidade aos municípios que
não têm cursos de formação superior", diz Bielschowsky. Há
mais de 70 instituições de ensino cadastradas e 315 pólos de
ensino com aulas. A meta é chegar a 562 até dezembro.
"O conceito de educação a
distância não é novo. A novidade dos últimos anos é o uso de
diversos recursos tecnológicos
que permitem uma interatividade mais dinâmica entre aluno e professor", diz Rita Lino,
da Abed. O curso oferece aos
alunos uma plataforma virtual,
com acesso a conteúdo didático, aulas e interação com professores, além de conferências
pela internet.
"Sou uma entusiasta do modelo porque esse tipo de curso
depende da participação ativa
dos alunos, o que faz com saiam
com mais autonomia e senso de
responsabilidade." Na opinião
dela, a experiência é enriquecedora porque, muitas vezes, há
um contato entre estudantes
que estão em localidades distintas e, portanto, com realidades diferentes.
(FC)
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