São Paulo, sexta-feira, 03 de outubro de 2008

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Modelo amplia o acesso ao ensino superior

A FAVOR - Para defensores, sistema supre necessidades

DA REPORTAGEM LOCAL

Educadores favoráveis à modalidade de educação a distância defendem que o modelo amplia o acesso de um maior número de pessoas ao ensino superior e também supre a carência de profissionais capacitados em determinadas áreas.
"A educação a distância é uma solução para essas necessidades", afirma Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a Distância do MEC (Ministério da Educação).
"Há muitas regiões que não têm instituições de ensino e os cursos a distância são a única maneira de essas pessoas conseguirem ter alguma formação", concorda Rita Maria Lino, integrante do conselho fiscal da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância).
O projeto pedagógico deve prever uma carga horária idêntica à do curso presencial e as aulas práticas, em laboratórios, devem ser realizadas em pólos. "As pessoas não devem se preocupar com a modalidade do curso, se é presencial ou não, mas, sim, com a qualidade da instituição que oferece o curso, porque há cursos ruins tanto no formato presencial quanto no a distância", diz.
Não há diferença entre o diploma de um curso presencial e o de um a distância.
Em 2006, o governo federal criou a UAB (Universidade Aberta do Brasil), que articula programas de educação a distância de instituições públicas já existentes. "O objetivo é levar ensino superior público de qualidade aos municípios que não têm cursos de formação superior", diz Bielschowsky. Há mais de 70 instituições de ensino cadastradas e 315 pólos de ensino com aulas. A meta é chegar a 562 até dezembro.
"O conceito de educação a distância não é novo. A novidade dos últimos anos é o uso de diversos recursos tecnológicos que permitem uma interatividade mais dinâmica entre aluno e professor", diz Rita Lino, da Abed. O curso oferece aos alunos uma plataforma virtual, com acesso a conteúdo didático, aulas e interação com professores, além de conferências pela internet.
"Sou uma entusiasta do modelo porque esse tipo de curso depende da participação ativa dos alunos, o que faz com saiam com mais autonomia e senso de responsabilidade." Na opinião dela, a experiência é enriquecedora porque, muitas vezes, há um contato entre estudantes que estão em localidades distintas e, portanto, com realidades diferentes. (FC)


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