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LIVIO PIVA (1936 - 2010)
Manteve laços firmes com a Itália
ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Ao contrário de um irmão
seu, que decidiu retornar para a Itália, Livio Piva nem sequer pensou nisso. Ele adorou o Brasil. Aqui, abriu a
própria empresa, casou-se,
teve dois filhos e quatro netos e morou até o fim da vida.
Foi no início da década de
50 que o italiano nascido na
região do Vêneto, no norte da
Itália, veio ao país, acompanhado de toda a família.
Anna, que viria a ser sua
mulher, chegou no mesmo
navio, mas eles só começariam a namorar no Brasil.
O destino daquela italianada que veio colher café foi
Bauru, no interior paulista.
Livio permaneceu cerca de
um ano na região, até que se
mudou para São Bernardo do
Campo, na Grande SP. Começou a fazer serviços em indústrias de móveis. Depois,
trabalhou com terraplanagem e numa metalúrgica.
Em 1977, em sociedade
com três irmãos, ele decidiu
abrir a Piva Afiação e Retífica
Ltda., empresa que existe até
hoje. De acordo com o filho
Fernando, que atualmente
toca o negócio, o pai era muito dedicado ao trabalho.
Apesar de não querer voltar, Livio não cortou os laços
afetivos com a Itália. Ao seu
país ele retornou três vezes,
para fazer visitas. Atualmente, era vice-presidente da Sociedade Cultura Brasilitália.
Como adorava cantar, integrava um coral que interpretava apenas músicas italianas, suas favoritas. Era fã
de ópera e música clássica e
dos cantores Andrea Bocelli e
Luciano Pavarotti.
Nos esportes, torcia obstinadamente para a equipe da
Ferrari e para o Palmeiras.
Na quarta, após sofrer um
infarto, morreu aos 74. A missa de sétimo será na terça, às
19h, na Igreja Matriz Nossa
Senhora da Boa Viagem, em
São Bernardo do Campo.
coluna.obituario@uol.com.br
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