São Paulo, domingo, 03 de outubro de 2010

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Grupo prepara protesto contra linha de monotrilho no bairro

Morador quer pôr bandeira preta na janela em dia de audiência

DE SÃO PAULO

Na noite de quinta passada, cerca de cem moradores do Morumbi discutiam se fariam um protesto para chamar a atenção para a construção do monotrilho.
Parte torcia o nariz para a ideia. "A gente tem que descer do salto alto", dizia, do lado de fora da sala do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança) do bairro, uma das defensoras do protesto, a empresária Claudete de Souza, 52, dona de uma casa avaliada em R$ 1 milhão que deverá ser desapropriada.
Teve mais apoio outra ação: a de que no dia da audiência pública entre o Metrô e a comunidade, o que deve acontecer no meio de outubro, moradores da av. Jorge João Saad coloquem em suas janelas bandeiras pretas.
Na reunião, alguns diziam que em Paraisópolis o monotrilho era apresentado como benefício. "Eles [o governo] sempre põem a comunidade contra o lado de cá", dizia uma das moradoras.
"Quero todo mundo vivendo no Jardim América, que a vida um dia seja linda pra todo mundo. Mas não acho justo que, em prol de uma comunidade onde a TV a cabo é roubada, a eletricidade é gato, a gente tenha que pagar o preço da obra", dizia Claudete, já dentro da reunião, em momento de polêmica.
"A gente não está contra a comunidade de Paraisópolis", afirmava outro morador.
Havia, no entanto, um consenso: o metrô é bem-vindo, mas embaixo do solo.


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