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Grupo prepara protesto contra linha de monotrilho no bairro
Morador quer pôr bandeira preta na janela em dia de audiência
DE SÃO PAULO
Na noite de quinta passada, cerca de cem moradores
do Morumbi discutiam se fariam um protesto para chamar a atenção para a construção do monotrilho.
Parte torcia o nariz para a
ideia. "A gente tem que descer do salto alto", dizia, do lado de fora da sala do Conseg
(Conselho Comunitário de
Segurança) do bairro, uma
das defensoras do protesto, a
empresária Claudete de Souza, 52, dona de uma casa avaliada em R$ 1 milhão que deverá ser desapropriada.
Teve mais apoio outra
ação: a de que no dia da audiência pública entre o Metrô
e a comunidade, o que deve
acontecer no meio de outubro, moradores da av. Jorge
João Saad coloquem em suas
janelas bandeiras pretas.
Na reunião, alguns diziam
que em Paraisópolis o monotrilho era apresentado como
benefício. "Eles [o governo]
sempre põem a comunidade
contra o lado de cá", dizia
uma das moradoras.
"Quero todo mundo vivendo no Jardim América, que a
vida um dia seja linda pra todo mundo. Mas não acho justo que, em prol de uma comunidade onde a TV a cabo é
roubada, a eletricidade é gato, a gente tenha que pagar o
preço da obra", dizia Claudete, já dentro da reunião, em
momento de polêmica.
"A gente não está contra a
comunidade de Paraisópolis", afirmava outro morador.
Havia, no entanto, um
consenso: o metrô é bem-vindo, mas embaixo do solo.
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