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Túmulo de garoto atrai fiéis até a Consolação
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No cemitério onde estão sepultadas pessoas como Ramos de
Azevedo, Monteiro Lobato e
Campos Sales, foi um túmulo modesto o mais visitado ontem.
No jazigo, localizado no cemitério da Consolação (região central
de São Paulo), está enterrado Antoninho da Rocha Marmo, que
morreu de tuberculose, em São
Paulo, aos 12 anos.
Embora sua morte tenha ocorrido em 1930, o túmulo do garoto,
considerado santo por seus devotos, recebe cerca de mil visitantes
por mês, segundo estimativas do
próprio cemitério.
Às 11h, mais de cem pessoas já
haviam visitado o jazigo.
O túmulo é simples, ainda mais
se comparado ao mausoléu vizinho, que pertence à família Matarazzo, tem 105 m2 e é ornado com
esculturas trazidas da Itália.
Nele há apenas uma placa de
granito de 3 m de altura e, à frente
dela, duas esculturas em bronze.
Filho de pais que tinham boas
condições financeiras, desde os
cinco anos brincava de celebrar
missas. Antes de morrer de tuberculose, o garoto pediu aos pais
que construíssem um hospital para crianças carentes.
O hospital, que leva o seu nome,
foi inaugurado, em São José dos
Campos (91 km da capital paulista), em 1952.
Mesmo não sendo reconhecido
oficialmente pela Igreja Católica,
devotos o chamam de santo Antoninho. A popularidade do menino cresceu ainda mais depois de
1982, quando a Rede Globo produziu um seriado sobre sua vida.
(JOÃO FELLET)
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